Trabalhadores da TST querem aumento salarial
Funcionários cumprem paralisação de 24 horas.
Os trabalhadores da Transportes Sul do Tejo (TST) decidiram esta terça-feira, em plenário realizado em Almada, pedir a reabertura do processo negocial com a empresa, exigindo um aumento salarial de 40 euros.
"Foi decidido pelos trabalhadores não dar por encerrado o processo negocial e solicitar, junto do Ministério do Trabalho, a sua reabertura. Pretendemos um aumento salarial de 40 euros e uma atualização de 4% nas restantes rubricas de expressão pecuniária", disse à Lusa João Saúde, da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans).
O sindicalista adiantou que a empresa decidiu encerrar o processo de negociação coletiva, com uma atualização salarial de 1%, e avançou que no dia 14 de abril vão reunir-se com o Ministério do Trabalho.
João Saúde disse, ainda, que os trabalhadores pretendem que a empresa cumpra o pagamento dos tempos de disponibilidade e exigem formação profissional.
"Vamos também contactar os grupos parlamentares e as autarquias servidas pela TST para denunciar a nossa preocupação pelo serviço que está a ser prestado e sobre o futuro da empresa", afirmou.
Fonte oficial da TST disse à Lusa que a adesão à greve foi de 14,8%, recusando comentar as decisões do plenário, uma vez que ainda não tinham sido transmitidas à empresa.
Os trabalhadores da TST vão realizar uma greve de 24 horas (entre as 03h00 desta terça-feira e as 03h00 de quarta-feira) e um plenário para discutir a situação da empresa, que dizem estar a causar o seu empobrecimento.
Por seu lado, João Saúde, da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), remeteu para mais tarde dados concretos sobre a adesão à paralisação.
"É um pouco prematuro lançarmos alguns dados de adesão. Por isso, remeto mais informações para o final do plenário, para termos uma ideia mais concreta da situação. É preferível do que estar a lançar números", disse.
De acordo com João Saúde, o importante é que os trabalhadores adiram ao plenário para discutir a situação na empresa.
"O que interessa é que os trabalhadores adiram ao plenário. Não é a greve que está em causa. Isto é uma paralisação que foi convocada para que possam estar presentes no plenário e discutir os problemas", salientou.
João Saúde disse que os trabalhadores vão realizar um plenário esta terça-feira de manhã no Laranjeiro, em Almada.
A rodoviária Transportes Sul do Tejo desenvolve a sua atividade na península de Setúbal e serve os concelhos de Alcochete, Almada, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela, Seixal, Sesimbra e Setúbal, incluindo ligações a Lisboa.
O sindicalista referiu que a empresa decidiu encerrar o processo de negociação coletiva, com uma atualização salarial de 1%, e explicou que os trabalhadores "estão a seguir a passos largos rumo ao salário mínimo".
"Foram três reuniões e não houve negociação nenhuma, avançaram com um ato de gestão de 1%. Os trabalhadores dos TST trabalham todos os dias e estão a empobrecer", explicou.
João Saúde espera que o plenário seja muito participado e reconheceu que isso provocará "fortes perturbações na circulação".
Segundo a mesma fonte, a empresa tem vindo a perder clientes, consecutivamente, nos últimos cinco anos, apresentando no último ano um resultado líquido negativo.
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