Último adeus a Celeste Caeiro, a mulher que criou símbolo da revolução
Dezenas acompanharam ‘Celeste dos Cravos’, figura incontornável do 25 de Abril de 1974, até à última morada.
Foram muitos os que no domingo se despediram de Celeste Caeiro, a mulher que distribuiu cravos pelos militares na manhã do 25 de Abril de 1974. O funeral realizou-se na Igreja de São José, seguindo para o Crematório do Alto de São João.
Ficou conhecida como a ‘Celeste dos Cravos’. Nasceu em Lisboa em 1933, oriunda de família humilde. Militante comunista, é uma das figuras incontornáveis da revolução de 1974 e entrou para a História ao oferecer cravos aos militares, flor que acabou por ser o símbolo do 25 de Abril.
Em várias entrevistas, contou o acaso da oferta dos cravos: Celeste trabalhava num restaurante, que fazia um ano nesse dia. O patrão decidiu oferecer cravos brancos e vermelhos às mulheres e vinho do Porto aos homens.
Mas como a cidade estava em polvorosa, não abriu o restaurante e as empregadas levaram os molhos de cravos. Quando se cruzou com militares no Chiado, um deles pediu um cigarro a Celeste Caeiro. Como não tinha, deu-lhe a única coisa que podia dar: os molhos de cravos. Celeste morreu no Hospital de Leiria na sexta-feira, aos 91 anos.
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