Utentes dos Serviços Públicos contestam encerramento de urgência do Hospital de Covões

ULS justificou a medida com a pouca procura da urgência, estimada em 10 a 15 atendimentos diários.

02 de novembro de 2025 às 01:11
Hospital dos Covões Foto: Ricardo Almeida
Partilhar

O Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos (MUSP) contestou este sábado o encerramento da urgência do Hospital de Covões, alegando que "degradará os cuidados e sobrecarregará os profissionais de saúde" da urgência da Unidade Local de Saúde (ULS) de Coimbra.

Em comunicado, o MUSP de Coimbra defendeu "a reabertura e a valorização das urgências dos Covões como referência no Serviço Nacional de Saúde" e pediu "mais investimento público em médicos, enfermeiros e técnicos".

Pub

A ULS de Coimbra (Hospitais da Universidade de Coimbra) anunciou que desde este sábado o Serviço de Urgência do Hospital dos Covões funciona como Centro de Atendimento Clínico, assegurando situações agudas não emergentes.

A ULS justificou a medida com a pouca procura da urgência, estimada em 10 a 15 atendimentos diários, tendo o diretor do Serviço de Urgência da ULS de Coimbra, Henrique Alexandrino, invocado à Lusa a necessidade de uma melhor gestão de recursos.

"A alegada falta de procura foi provocada pelo próprio Governo, ao deixar de encaminhar doentes para os Covões através da [linha telefónica] Saúde 24, desviando-os para unidades privadas e distantes", contra-argumentou o MUSP, que considera "tratar-se de uma decisão economicista".

Pub

O PCP já exigiu a reversão da decisão, considerando que "o número de utentes abrangidos pela área que serve este hospital justifica a manutenção, em pleno, das urgências do Hospital dos Covões" e realçando que "as urgências não são gorduras, não são redundâncias, não são desperdícios".

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

Partilhar