Consulta Vicentina: utentes negam assinaturas
Maioria das testemunhas têm vários problemas de saúde.
Cinco testemunhas do processo Consulta Vicentina – nome pelo qual ficou conhecido um alegado esquema de receitas fraudulentas em Odeceixe (Aljezur) – disseram esta segunda-feira em tribunal que as assinaturas encontradas em dezenas de prescrições não lhes pertencem.
"Não são assinaturas minhas, nem são do meu pai, que tem muita dificuldade em escrever devido a problemas nas mãos", disse Maria Miguel, quando confrontada com várias receitas assinadas. Uma outra testemunha reconheceu, no entanto, uma assinatura como sua de entre vários talões.
Três utentes afirmaram ainda que não recorriam ao serviço de fornecimento de receitas promovido pela farmácia de Odeceixe, por um custo de 2,5 euros. Além das assinaturas, não foram também reconhecidos alguns dos remédios que constam nas receitas.
A maioria dos utentes chamados a depor apresentam vários problemas de saúde, como depressão, diabetes, hipertensão ou osteoporose. A acusação sustenta que o alegado esquema lesou o Estado em mais de um milhão de euros.
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