“Vamos ter milhares sem aulas por muito tempo”: Ministro da Educação admite que falta de professores vai continuar
Fernando Alexandre afirma que medidas tomadas “garantiram aulas a dezenas de milhares”.
O primeiro período chegou esta terça-feira ao fim, com o problema da falta de professores a marcar o dia a dia das escolas. O ministro da Educação fez um balanço da situação e admitiu que o problema vai perdurar. “Vamos ter durante muito tempo milhares de alunos sem aulas, isso foi dito desde o início. Temos noção do problema que temos pela frente, com o número de alunos a aumentar e um problema estrutural para trás de falta de professores e alunos sem aulas que não se resolve de um ano para o outro”, afirmou Fernando Alexandre, sublinhando que neste primeiro terço do ano letivo “foram tomadas 17 medidas, umas mais eficazes, outras menos, mas que garantiram aulas a dezenas de milhares de alunos”.
Para tentar continuar a resolver o problema, o Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI) enviou esta terça-feira aos diretores notas informativas com instruções para tentar que, a partir de janeiro, professores aposentados voltem às escolas em regime de voluntariado para cumprir pelo menos cinco horas por semana. O objetivo é que desempenhem funções de apoio pedagógico a alunos e de mentoria a jovens professores.
A medida é uma das que foram anunciadas em setembro no programa ‘Aprender mais Agora’ e que prevê ainda tutorias psicopedagógicas, um novo sistema de estudo autónomo e medidas para melhor integração dos alunos migrantes.
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