Vento oeste arrasta barcos na ria Formosa

A alteração repentina do vento de sueste para oeste levou a que várias embarcações que estavam fundeadas na ria Formosa, na quarta-feira, tivessem sido arrastadas, causando alguns danos e muitos sustos. Segundo disse ao CM o comandante Pedro Nunes Ferreira, da Capitania do Porto de Olhão, "o caso mais grave foi o do veleiro ‘Viração’, de 14 metros, que foi contra o cais do Caíque Bom Sucesso". A embarcação "sofreu algumas arranhões à ré", tendo a intervenção da Polícia Marítima de Olhão evitado maiores danos.

"O vento sueste é o que maior abrigo proporciona na ria Formosa. Quando muda, há quase sempre ‘skippers’ [comandantes] que são apanhados desprevenidos. Nestas alturas, devem colocar mais amarra na água e não abandonar as embarcações durante muito tempo", alerta Pedro Nunes Ferreira, que esteve empenhado no resgate de vários iates. Entre estes estava um veleiro que foi arrastado quando os tripulantes foram comprar pão à ilha da Culatra: "O iate foi arrastado e encalhou num banco de areia. Só foi retirado com a subida da maré."

O dia foi ainda marcado por outros casos, um dos quais envolveu um catamarã abandonado, o ‘Rumbling Rose’, que foi arrastado para leste: "Trata-se de uma embarcação cujo dono é desconhecido e que estava antes no Recovo da Culatra. Foi levado por ‘skippers’ de outras embarcações para a praia junto à barra das Armona, onde a PM a colocou em segurança", revelou Nunes Ferreira.