Zika alarma pelo risco de malformação

A explosão do número de bebés que nasceram no Brasil, em 2015, sem ou com o cérebro atrofiado, devido à infeção pelo vírus Zika nas primeiras semanas de gravidez, deixou o Mundo em alerta. O Brasil registava uma média de 200 casos de microcefalia por ano mas, em 2015, esse número disparou para os 3700 casos.

Destino de férias preferido de muitos portugueses, em especial em época de Carnaval, o Brasil leva agora as autoridades de saúde mundiais, incluindo as nacionais, a apelar a cautelas, em especial em mulheres em idade fértil que queiram engravidar ou que estejam grávidas. Nesse caso, é desaconselhada a viagem para o Brasil ou qualquer um dos outros 22 países da América Latina afetados pela epidemia.

"Não há tratamento ou vacina que previna a infeção pelo vírus Zika e os casos de doença são, na maioria, benignos. Porém, se algum português adoecer no Brasil e os sintomas agravarem deve ir a um hospital", afirmou ao CM Jaime Nina, médico especializado em doenças infecciosas tropicais no Hospital Egas Moniz e docente no Instituto de Medicina Tropical.

Portugal e Brasil têm acordos de cooperação, incluindo na área da saúde, que protegem os cidadãos. Em caso de necessidade de recurso a um hospital público no Brasil, os portugueses devem previamente preencher os formulários obrigatórios antes de viajar para beneficiar do direito à saúde no país, como um cidadão nacional.

Existem seis casos confirmados no País

Em Portugal foram notificados seis casos de infeção pelo vírus Zika, todos importados. Cinco casos são de brasileiros e portugueses regressados do Brasil e um caso de um cidadão da Colômbia.

Risco de casos na região da Madeira

O mosquito ‘Aedes aegypti’, que transmite o vírus Zika, é o mesmo que dissemina o vírus Dengue. O mosquito não existe em Portugal continental, só na Madeira. Porém, não está contaminado com o Zika, apesar de haver esse risco.