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Artigo exclusivo

Duas semanas de chuva afastam seca no Verão

441 milhões para combater as limitações hídricas serão investidos. 200 milhões de euros no Algarve, 171 no Alentejo e 70 na ilha da Madeira.

19 de fevereiro de 2021 às 01:30

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Imagem Alqueva menos agua 35731818.jpg (8937616) (Milenium)
Hugo Rainho
Imagem Castelo de Bode mais antigo 34969514.jpg (8937604) (Milenium)
Ricardo Ponte
Imagem Sabor 38001783.jpg (8937606) (Milenium)
Nuno André Ferreira
Imagem Odelouca 38000840.jpg (8937608) (Milenium)
Nuno André Ferreira
Imagem Exemplo Seca
Imagem Exemplo Seca RUI MINDERICO/lusa
Imagem Alqueva atinge maximo em 2010 1946551.jpg (8937614) (Milenium)
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O risco de um verão seco, com dificuldade no abastecimento das populações perante valores medíocres de armazenamento nas albufeiras parece estar ultrapassado, devido a um início do mês extremamente chuvoso. Os mais recentes dados da Agência Portuguesa do Ambiente revelam um volume de armazenamento médio nas barragens na ordem dos 80%, superior à média dos últimos vinte anos.

Em 59 barragens monitorizadas, há 38 que ultrapassam um volume de armazenamento superior a 80%. Apenas quatro revelam um volume de água inferior a 40%, sendo que os valores mais baixos são registados em duas barragens do rio Sado: Monte da Rocha com 26% e Fonte de Serne 29%. No laranja está também a barragem de Bravura, no Algarve, com 32%. Estas barragens apresentavam, contudo, no último mês, valores inferiores a 20%.

A chuva intensa levou a albufeira da barragem do Alto Lindoso, no rio Lima, a apresentar uma expressiva subida no espaço de 15 dias. A maior unidade de produção de eletricidade atinge agora os 89%. No Litoral Norte, região onde mais tem chovido, a bacia do Cávado atinge os 82,7% e a do Ave 97,6%. Também a barragem de Crestuma, no rio Douro e que abastece a zona do Porto, apresenta uma cota superior a 90%.

Mais a Sul no rio Mondego, a situação é confortável, embora os valores de armazenamento sejam mais modestos, no conjunto das albufeiras, o rio apresenta uma média de 77,9%. Semelhante é o valor observado na barragem de Aguieira, que abastece Coimbra, com 78%.

No rio Tejo o valor médio é de 90,7%, no Guadiana é de 83,2%, com Alqueva nos 87%. Embora com menor intensidade, para hoje e até final do mês a previsão é de chuva.

Segundo o Ministério do Ambiente, vão ser investidos 441 milhões de euros para combater as limitações hídricas: 200 milhões no Algarve, 171 milhões no Alentejo e 70 milhões na Madeira.

"Nunca faltou água na torneira"

CM – As barragens apresentam um volume confortável. As pessoas devem, contudo, manter um consumo racional? Pedro Matos Fernandes – Sem dúvida. A sul do Tejo, a seca é estrutural e Portugal encontra-se numa zona do Mundo onde a precipitação média é inferior ao consumo.

–Este será um verão sem dificuldades no abastecimento às populações?

– Esperamos que sim. Contudo, mesmo nos momentos mais difíceis de seca, nunca faltou água na torneira dos portugueses. –Para este ano qual será a principal intervenção na gestão da água?

– O plano de eficiência hídrica do Algarve e continuaremos a apostar na reutilização de água.

Lisboa e vale do tejo com reserva de água nos 89%

Lisboa e mais 34 concelhos da região de Lisboa e Vale do Tejo são abastecidos na rede pública pela barragem de Castelo Bode, no rio Zêzere. A albufeira regista uma capacidade máxima de 89%. O Zêzere é um afluente do rio Tejo, que conta com um volume de armazenamento de 90,7%.

Trás-os-montes regista 96% no Baixo Sabor

Baixo Sabor é depois do Alqueva a maior albufeira do País. A reserva estratégica de água para Trás-os-Montes regista 96% da capacidade máxima. O Sabor é um afluente do rio Douro, cuja bacia hidrográfica regista um valor semelhante de 92%, superior há média registada nos últimos 25 anos.

chuva de fevereiro retira algarve de seca fraca

A chuva registada nas duas primeiras semanas deste mês permitiu ao Algarve deixar de estar em situação de seca fraca. Odelouca, com a maior albufeira da região, regista 68% da capacidade máxima. O principal destino turístico do País consegue garantir um verão tranquilo no abastecimento urbano.

Seis períodos de falta de água em duas décadas

Nas últimas duas décadas, Portugal registou seis secas extremas. 2017 foi o último ano em que se verificou falta de água nos solos generalizada a todo o território. Nos anos de 2004 e 2005, o País assistiu à pior seca dos últimos cem anos.

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