"Números de ontem ao final do dia do sistema Vacinas indicavam que já 4.828 doses tinham sido administradas a profissionais nestes centros hospitalares: centro hospitalar universitário de São João, centro hospitalar universitário do Porto, centro hospitalar universitário de Coimbra, centro hospitalar universitário de Lisboa Central e centro hospitalar universitário Lisboa Norte", afirmou.
Segundo a governante, que já hoje passou também pelo Hospital Curry Cabral para acompanhar uma ação de vacinação, a segunda entrega de doses da vacina da Pfizer-BioNTech vai permitir estender o processo de vacinação para "outros hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) - com exceção de alguns hospitais especializados que não receberam doentes covid e que não têm nesta fase critérios de elegibilidade - e também para os agrupamentos de centros de saúde".
A ministra revelou ainda que 50700 doses de vacinas estão em trânsito para a Madeira e para os Açores."Neste momento está a ser concluído o processo de identificação das estruturas residenciais para idosos que são objeto desta administração, sendo certo que há uma circunstância que temos de ter presente, que são as unidades que têm surtos, que não serão alvo de vacinação enquanto o surto se mantiver ativo, por uma questão de segurança", disse Marta Temido, que falava no Hospital Curry Cabral.
Marta Temido disse ainda que o Governo estima que as mais de 70.000 doses da vacina da Pfizer que hoje chegaram a Portugal possam ser usadas na administração na comunidade, em lares - seja em profissionais que aí trabalham ou em residentes -, mas também nas unidades da rede nacional de cuidados continuados integrados.
"O que é importante é que tenhamos em mente o pressuposto de que a capacidade de os países administrarem vacinas depende da capacidade da indústria farmacêutica em entregar essas vacinas", afirmou, explicando que o processo é complexo e prevê entregas em dezembro e ao longo das quatro semanas de janeiro.
A governante considerou a vacinação dos profissionais de saúde a que assistiu "um sinal de esperança e de união de esforços para ultrapassar o que ainda está por vir", sublinhando os "desafios significativos" que o país ainda terá de enfrentar e o apelo à confiança na ciência.
A ministra frisou igualmente a necessidade de se continuar a cumprir as regras básicas de proteção até o país atingir um nível de imunidade que permita "o regresso às nossas vidas normais".