Uma mulher que se sentiu abandonada, traída, que teve depressões e tentou o suicídio. Foi assim que o advogado de Amélia de Jesus a descreveu na fase da separação.
As declarações foram proferidas nas alegações finais do processo onde a euromilionária do Marco de Canaveses exige 13 milhões de euros ao ex-marido, Abílio Ribeiro. O causídico repetiu que a mulher foi coagida e pediu a devolução do dinheiro.
"Ela gostava do Sr. Abílio, não conseguia viver sem ele. Teve depressões e tentou o suicídio. Não aceitou o abandono, a troca que ele fez (nova namorada)", referiu o advogado Manuel Boaventura, ontem, no Tribunal da Póvoa de Varzim.
O advogado disse ainda que foi Amélia que ganhou os 41 milhões de euros, em 2013. "A D. Amélia assume-se como vencedora e o Sr. Abílio não reage? É um sinal" , alegou.
Já João Mariz, advogado de Abílio Ribeiro, fez alusão ao acordo assinado após o divórcio, onde o casal dizia que todos os valores foram repartidos.
"A D. Amélia quer causar mossa e problemas ao senhor Abílio. Não aceita que tenha outra vida. É uma atitude muito maldosa", considerou.
PORMENORESPrémio de AbílioO prémio foi passado em nome de Abílio, mas Amélia alega que se tratou de um erro da Santa Casa da Misericórdia.
Quer 100 mil A defesa de Abílio pede que Amélia pague 100 mil euros por violar o acordo e que indemnize Abílio pelos danos causados.
Nível cultural O advogado de Amélia de Jesus descreveu ontem a mulher como uma pessoa simples e limitada a nível cultural.