Chegaram de França e juntaram-se no café. Comeram e beberam, assaram um porco, passaram os pratos de mão em mão. Jogaram às cartas – à boa maneira transmontana – pela noite dentro. Molharam os dedos com saliva para baralhar. Riram muito, divertiram-se. E depois adoeceram. Ainda antes do Ano Novo - só deveriam regressar a 3, 4 de janeiro - já viajavam para terras francesas.
Para trás deixavam os mais idosos contaminados, pelo caminho espalhavam o vírus. A maioria viajou de carro, para não ser apanhada pelas autoridades, os restantes mantêm-se na aldeia. É em Campanhó, Mondim de Basto, distrito de Vila Real, uma aldeia que tem pouco mais de 40 habitantes e que mais de metade dos quais estão positivos.
"Os que vieram de França para passar o Natal ficaram todos doentes. E depois foram embora. Tiveram medo de ter de fazer a quarentena", conta Arlindo Neves, morador em Campanhó, genro de um homem de 86 anos que ficou contaminado.
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