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Ativistas pelo clima fecham portões do Liceu Camões a cadeado

"Estamos barricados. Ninguém entra e ninguém sai do Liceu desde as 07h00 de hoje", disse a ativista climática.

14 de novembro de 2022 às 09:47
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Ativistas pelo clima fecham portões do Liceu Camões a cadeado

Os ativistas climáticos fecharam esta segunda-feira de manhã a cadeado dois portões do Liceu Camões, em Lisboa, estando o protesto a decorrer de "forma calma e ordeira", disse à Lusa fonte da Polícia de Segurança Pública (PSP).

"Os ativistas fecharam os dois portões do Liceu Camões encontrando-se estes do lado de dentro e do lado de fora da escola. O protesto está a decorrer de forma calma e ordeira", disse a mesma fonte do Comando Metropolitano da PSP de Lisboa.

Em declarações esta segunda-feira de manhã à Lusa, Inês Esteves disse que os ativistas ocuparam cerca das 07h00 o Liceu Camões.

"Estamos barricados. Ninguém entra e ninguém sai do Liceu desde as 07h00 de hoje", disse a ativista climática, destacando que o protesto vai decorrer por tempo indeterminado.

Os ativistas climáticos convidaram no fim de semana o ministro da Economia a visitar esta segunda-feira a ocupação no Liceu Camões e assistir à palestra que irão ministrar.

"Queremos convidar o ministro Costa Silva a vir à nossa ocupação no [Liceu] Camões [em Lisboa] amanhã [segunda-feira] e ouvir uma palestra sobre a crise climática dada por nós", disse Clara Pestana, ativista do movimento "Fim ao fóssil: Ocupa!" e uma das porta-vozes do movimento no liceu, em declarações à Lusa no domingo.

O convite público surgiu depois de o ministro da Economia se ter afirmado no domingo, em declarações à Lusa, solidário com os movimentos climáticos e ter dito que nos últimos 20 anos não foi apologista de maior uso do petróleo, considerando que as manifestações são legítimas e mostrando disponibilidade para reunir-se com os ativistas.

Há precisamente uma semana, o movimento Greve Climática Estudantil Lisboa iniciou um protesto que incluiu a ocupação de seis escolas e universidades de Lisboa, iniciativa que visa exigir o fim dos combustíveis fósseis até 2030 e a demissão do ministro da Economia e do Mar.

Em declarações aos jornalistas junto àquela Escola Secundária, o diretor do Liceu Camões, João Jaime Pires, adiantou que houve uma reunião esta segunda-feira de manhã em que ficou decidido que a escola voltará a funcionar normalmente a partir de terça-feira e que fica desta forma aberto o compromisso, por parte da direção, para que o tema das alterações climáticas e do combate aos combustíveis fósseis seja debatido em ambiente escolar.

Inês Esteves, uma das porta-vozes da Greve Climática Estudantil, por detrás do protesto integrado no movimento internacional "End Fossil: Occupy!", confirmou que os alunos aceitaram suspender a ocupação da escola a partir de terça-feira e que irão permanecer no liceu até à meia-noite desta segunda-feira.

As ocupações coincidem com a Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP27), que decorre desde domingo em Sharm el-Sheikh, no Egito, até ao próximo dia 18.

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