Correio da Manhã –Que balanço faz do primeiro dia de caça do calendário 2012/2013?
Hélder Ramos – Foi um dia em que nem todos começaram a caçar e notou-se a falta de algumas espécies no terreno. Na nossa federação, não fizemos a abertura, estivemos apenas a acompanhar alguns associados.
– Está a falar sobretudo da escassez de rolas?
– Sim. Existe efectivamente um problema com as rolas em Portugal. Notamos que há uma falta de peças sem precedentes. Talvez daqui a umas semanas, mais perto da costa, se vejam mais rolas, mas é necessário que se faça alguma coisa.
– E o que pode ser feito para inverter essa tendência?
– Vamos reunir-nos brevemente com o Ministério [da Agricultura] e este pode ser um dos temas abordados. Os caçadores e as organizações do sector têm falado e, se for necessário, a caça à rola pode parar durante três ou quatro anos.
– Será essa a medida limite para proteger a espécie?
– A espécie não está ameaçada de extinção, mas os seus hábitos, sobretudo devido às alterações climáticas, estão a mudar. Pode ser um período para se desenvolverem estudos. As verbas do sector da caça também devem servir para essas coisas (mais na página 20).