Autarca Joaquim Amaral destaca "perdas bastante significativas".
A Câmara de Nelas tem várias equipas no terreno a acompanhar as populações ao nível social e da saúde e a fazer o levantamento dos prejuízos, disse à agência Lusa o presidente da autarquia.
"Há dois tipos de trabalhos que estão a ser realizados por duas equipas diferentes multidisciplinares. Uma primeira no âmbito da intervenção social, constituída por psicólogos, assistentes sociais e mediadores sociais, no sentido do apoio às populações de uma forma generalizada", adiantou o presidente da Câmara, Joaquim Amaral.
A autarquia também tem no terreno "uma outra equipa com outros técnicos, que irão realizar uma inventariação dos danos patrimoniais, juntamente com os presidentes de junta, nos territórios afetados".
Joaquim Amaral salientou que a perda de matas e vinhas que sofreram muitas pessoas "causa-lhes muita perturbação".
"Como é óbvio, são os danos patrimoniais, mas também a forma como se sente a perda destes bens patrimoniais, que tem também uma afetuosidade grande. Portanto, há um acompanhamento na área social aos munícipes em geral, com particular incidência naqueles que vivem em situação de isolamento", acrescentou o presidente da Câmara de Nelas, no distrito de Viseu.
Os "mais desprotegidos terão também apoio ao nível da saúde ligada à medicação dos próprios idosos, a verificação de alguns parâmetros como a medição da tensão arterial e da glicemia, com o apoio das farmácias", precisou.
Joaquim Amaral adiantou que entre os prejuízos causados pelo incêndio está a destruição de uma casa de primeira habitação, cuja residente optou por ficar em casa de familiares.
"Naturalmente que o edifício será reabilitado para permitir o realojamento da munícipe. Não há mais nenhum dado a registar. Os danos, essencialmente, são na parte agrícola e de infraestruturas. Estamos a falar de vinhas, de olivais, da floresta, também do que eram alfaias agrícolas, tratores, carrinhas de material agrícola e do que estava já em acervo nos anexos das pessoas", revelou.
Segundo o presidente, os prejuízos são também ao nível da alimentação para os animais, lenha, utensílios agrícolas e o aprovisionamento do que são bens alimentares resultantes da atividade agrícola.
"Estamos a falar de perdas bastante significativas", sublinhou.
O autarca confirmou ainda que as instalações do Sport Vale de Madeiros e Benfica, clube de futebol, foram afetadas por um dos incêndios.
"O estádio está inserido numa parte florestal, tem algumas danificações, mas nada que felizmente não seja reparável".
Joaquim Amaral assegurou que, neste momento, está a ser feito "o acompanhamento das ignições e dos incêndios que ocorreram no território, o processo da consolidação também já está a efetuado", "para que não haja reacendimentos", apesar "de os incêndios que ocorreram estarem já controlados".
O autarca iria agora reunir-se com a equipa do ministro Adjunto e da Coesão Territorial para abordarem os apoios que possam ser dados à autarquia, à semelhança do que sucedeu noutros municípios.
Segundo a página da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, o fogo que deflagrou em Senhorim, no concelho de Nelas, na segunda-feira, entrou em fase de resolução, estando às 11h30 no terreno 26 operacionais, apoiados por 9 veículos.
Já o incêndio que teve início em Folhadal, também ao final da manhã de segunda-feira, continua ativo, tendo no teatro de operações 205 operacionais, apoiados por 57 veículos e um meio aéreo.
Sete pessoas morreram e cerca de 50 ficaram feridas nos incêndios que atingem desde domingo as regiões Norte e Centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real, Braga e Viseu, e que destruíram dezenas de casas e obrigaram a cortar estradas e autoestradas.
O Governo declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias e alargou até quinta-feira a situação de alerta.
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