Centenas de trabalhadores pedem ajuda ao Governo para não passarem fome
Profissionais dos eventos admitem já estar a passar dificuldades.
Ana Maria Ribeiro e Raquel Simões
12 de Agosto de 2020 às 01:30
Mais de 600 manifestantes reuniram-se esta terça-feira no Terreiro do Paço, em Lisboa, para pedirem ao Governo que tome as “medidas necessárias para assegurar a sobrevivência” do setor dos eventos, que está praticamente parado desde o início da pandemia de Covid-19. “Há pessoas a passar fome, porque estão há cinco meses sem qualquer rendimento”, disse à CMTV Pedro Magalhães, presidente da Associação Portuguesa de Serviços Técnicos para Eventos (APSTE), que organizou a ação de sensibilização. “Cerca de 53% das nossas empresas não vão ser capazes de pagar salários no próximo mês”, adiantou ainda aquele responsável.
O protesto, que começou por volta das 20h00, incluiu a instalação de malas de porão dispostas na praça e a projeção – nas fachadas dos edifícios – de imagens, vídeos e frases que refletem o estado do setor. Entretanto, outras organizações, como a Associação Portuguesa de Empresas de Congressos, Animação Turística e Eventos, juntaram-se ao protesto silencioso, que coincidiu com uma ação semelhante que teve lugar em várias cidades do Reino Unido.
Entretanto, a secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, anunciou esta terça-feira que o Ministério da Economia já tem uma proposta de orientações para o funcionamento do setor, que é “muito complexo”. “Estamos a tentar reunir o máximo de consenso possível”, adiantou. Esta terça-feira foi publicado o decreto-lei que permite às empresas reaver o IVA em despesas relativas à organização de eventos.
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