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Chuva prevista não chega para acabar seca

Bombeiros levaram seis milhões de litros de água para Fagilde e defendem ser ressarcidos porque não foi declarado estado de emergência.

22 de novembro de 2017 às 01:30

Os bombeiros envolvidos na operação de abastecimento a Viseu já depositaram na barragem de Fagilde seis milhões de litros de água: cerca de dois milhões por dia. O trabalho está a minimizar a falta de água naquela albufeira que abastece os concelhos de Viseu, Mangualde, Nelas e Penalva do Castelo, mas não o vai resolver de todo porque a água que se acumula ao longo do dia é consumida durante a noite. A cidade de Viseu corre o risco de sofrer de falta de água nas torneiras nos próximos dias.

Se a chuva, que é esperada a partir de hoje, não ajudar, prevê-se que a operação dos bombeiros se mantenha por vários dias.

Logo, a fatura a pagar vai disparar e os meios vão desgastar-se. Ontem, em comunicado, a Liga dos Bombeiros Portugueses defendeu que as corporações envolvidas nesta operação sejam ressarcidas, "uma vez que não se trata de uma missão de emergência de Proteção Civil", pelo que está-se "perante uma operação de transportes de água", em que as beneficiadas não são "diretamente as populações", mas "algumas entidades".

Nesta operação, os bombeiros recebem um subsídio de 1,30 € por litro de gasóleo e 45 € por dia por homem - 70% mais barato do que o transporte para privados.

A água transportada pelos bombeiros é oriunda da barragem da Aguieira (Mortágua) e muita perde-se pelo caminho até chegar ao paredão da de Fagilde. Só depois entra na estação de tratamento de água. Ali bem perto, a Câmara de Viseu reativou um ponto de captação de água que estava inoperacional há muitos anos.

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Racionamento é "hipótese teórica"

Sobre as afirmações do secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins, o ministro explicou que este admitiu "a vaga possibilidade" desse racionamento de água, "durante algumas horas" por dia, em "algumas autarquias onde a água está mesmo quase, quase a faltar" e "em situações muito específicas". "A decisão é sempre da autarquia", mas o Executivo tem "quase a certeza" de que este tipo de medidas não vão ser necessárias.

No Encontro Nacional de Entidades Gestoras de Água e Saneamento, em Évora, o governante destacou que "nos últimos 20 anos foram investidos 10 mil milhões de euros no ciclo urbano da água". Segundo a International Water Association, o preço do metro cúbico de água para consumo doméstico é de 2,15 euros em Portugal, valor inferior a vários países europeus.

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