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Correio da Manhã

Sociedade
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Cientistas protestam contra precariedade

Contratos de emprego a prazo não agradam aos investigadores.
Miguel Balança 9 de Julho de 2019 às 09:27
Balões cor-de-rosa foram largados durante a intervenção dos governantes
Laboratório de desenvolvimento de medicamentos
Laboratório de desenvolvimento de medicamentos
Balões cor-de-rosa foram largados durante a intervenção dos governantes
Laboratório de desenvolvimento de medicamentos
Laboratório de desenvolvimento de medicamentos
Balões cor-de-rosa foram largados durante a intervenção dos governantes
Laboratório de desenvolvimento de medicamentos
Laboratório de desenvolvimento de medicamentos
Cerca de 40 investigadores manifestaram-se esta segunda-feira contra a precariedade do emprego científico.

A ação de protesto silencioso ameaçou comprometer o discurso do primeiro-ministro, António Costa, durante a cerimónia de abertura do encontro Ciência’19 - principal reunião do setor em Portugal -, que decorre até amanhã no Centro de Congressos de Lisboa.

Durante o discurso do ministro da Ciência, Manuel Heitor, bem como durante a intervenção do primeiro-ministro, investigadores em situação precária encheram e esvaziaram consecutivamente balões cor-de-rosa (cor associada ao encontro), soltando-os no interior do auditório.

Afirmam materializar assim as "ideias vazias" do Executivo quanto à regularização dos vínculos precários associados ao emprego científico.

"A prioridade é dignificar as carreiras científicas e promover o acesso às carreiras. Investir fundos em contratos a prazo é ineficiente", diz Ana Margarida Ricardo, investigadora no Instituto Superior Técnico.

António Costa reconheceu o problema.

"Os mecanismos extraordinários de regularização, como o PREVPAP, que demonstraram bons resultados nas carreiras gerais, manifestaram-se desadequados para resolver as situações de precariedade, seja na carreira docente, seja na carreira de investigação."
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