Prémio foi criado com vista a "distinguir a/s pessoa/s singular/es ou coletiva/s que se destaquem na defesa e na promoção dos fins, missão e visão da APAV.
A Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica é a vencedora deste ano do prémio da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), atribuído desde 2020.
O prémio foi criado a propósito dos 30 anos da APAV, com vista a "distinguir a/s pessoa/s singular/es ou coletiva/s que se destaquem na defesa e na promoção dos fins, missão e visão da APAV".
"A Comissão Independente, anunciada em novembro de 2021, organiza-se de forma autónoma e independente da Igreja Católica e de quaisquer outros credos, religiões, raças, etnias, géneros e identidades. Adicionalmente, apresenta-se e afirma-se isenta, independente e não influenciável, mantendo como propósito primeiro da sua ação o de dar voz ao silêncio de todas as vítimas deste tipo de crime", justifica a APAV, em comunicado.
A associação sublinha que a "atuação da Comissão Independente, pelo apoio na desocultação de situações de violência, sua caracterização e estudo, e futura intenção de melhor auxiliar a atuação da Igreja Católica face a situações de violência sexual mereceu, portanto, a atenção da APAV e a intenção de lhe ser atribuído o Prémio APAV 2022".
A APAV lembra que no ano da criação do prémio, este galardão foi atribuído a titulo póstumo a Bruno Brito, psicólogo, distinguindo o seu caráter pioneiro, a nível nacional e internacional, em novas e desafiantes áreas de conhecimento, enriquecendo a intervenção junto das vítimas de crime, seus familiares e amigos/as". Em 2021 o prémio não foi atribuído.
O troféu foi desenhado e concebido por Gonçalo Falcão e Tiago Água, que usaram lixo plástico derretido e remoldado para ilustrar a ideia de uma transformação "de um processo negativo em positivo".
A Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais contra as Crianças na Igreja Católica Portuguesa foi criada no final de 2021 pela Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) e iniciou os trabalhos em 2022, sendo coordenada pelo pedopsiquiatra Pedro Strecht.
Além de Pedro Strecht, fazem ainda parte da comissão Álvaro Laborinho Lúcio, juiz conselheiro jubilado do Supremo Tribunal de Justiça, Ana Nunes de Almeida, socióloga e investigadora do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, Daniel Sampaio, psiquiatra, professor catedrático jubilado da Faculdade de Medicina de Lisboa, Filipa Tavares, assistente social e terapeuta familiar, e Catarina Vasconcelos, cineasta.
As denúncias e testemunhos podem chegar à comissão através do preenchimento de um inquérito 'online' em darvozaosilencio.org, através do número de telemóvel +351917110000 (diariamente entre as 10:00 e as 20:00), por correio eletrónico, em geral@darvozaosilencio.org e por carta para "Comissão Independente", Apartado 012079, EC Picoas 1061-011 Lisboa.
Até meados de outubro a Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais contra as Crianças na Igreja Católica Portuguesa tinha recebido 424 testemunhos.
SV(JGO) // JMR
Lusa/Fim
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