A convicção é comum a Álvaro de Vasconcelos, fundador do Instituto de Estudos Estratégicos e Internacionais de Lisboa (IEEI), Filipe Vasconcelos Romão, docente na Universidade Autónoma de Lisboa (UAL), e José Adelino Maltês, professor de Teoria das Relações Internacionais na Universidade de Lisboa (ISCSP), que em declarações à agência Lusa consideraram que a credibilidade está ainda por provar.
"Há uma presença muito forte de quadros técnicos nas agências encarregadas da regulação dos medicamentos que são suficientemente credíveis para nos darem, nomeadamente na Europa, e em Portugal, soluções que não ponham em risco a nossa saúde", afirmou Filipe Vasconcelos Romão, relembrando que as percentagens da taxa de eficácia anunciadas por quase todas as investigações mostram resultados acima dos 90%.
A politização da vacina e o marketing de um produto
A corrida à descoberta de uma vacina eficaz contra a covid-19 está "politizada", optando-se por uma estratégia de marketing para um "produto" visando influenciar potenciais mercados com ganhos políticos e económicos, consideraram à agência Lusa três analistas portugueses.
Estados Unidos, com privados, China, com empresas públicas, Rússia, com o Estado, e União Europeia (UE) e Reino Unido, este sobretudo, com as universidades, são os principais "participantes" numa "corrida" em que o preço poderá ser mais acessível, sobretudo na América Latina em África, onde, aliás, já decorrem testes sem que haja ainda uma aprovação da comunidade científica.
Em declarações à Lusa, Álvaro de Vasconcelos, fundador do Instituto de Estudos Estratégicos e Internacionais de Lisboa (IEEI), Filipe Vasconcelos Romão, docente na Universidade Autónoma de Lisboa (UAL), e José Adelino Maltês, professor de Teoria das Relações Internacionais na Universidade de Lisboa (ISCSP), relevaram unanimemente a importância de o "produto final", a vacina, ter um caráter "universal e não nacionalista".