Empresários temem que, mesmo com o regresso ao ativo, não consigam ultrapassar período "dificílimo".
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A Associação de Dinamização da Baixa Pombalina, em Lisboa, disse hoje que o Governo deve "tentar aliviar os empresários de custos imediatos", aquando do desconfinamento, lembrando que o comércio naquela zona da capital está a atravessar "um período dificílimo".
"A nossa grande preocupação é que os lojistas, neste momento, e em face a tudo o que se tem passado, estão a atravessar este período dificílimo por questões que, efetivamente, se sobrepõem ao seu interesse pessoal", avançou o presidente da associação, Manuel Lopes.
De acordo com o responsável, os empresários encontram-se praticamente sem faturação e, nalguns casos, há quem tenha ainda de pagar ordenados, arrendamento e as despesas gerais do dia-a-dia, tendo as "caixas absolutamente vazias".
"Sabemos que tem havido algumas questões que a Câmara Municipal e o próprio Estado central têm dado, algumas delas apenas só no papel, porque ainda não passaram à realidade, porque há muitos empresários que ainda não receberam tudo aquilo que foi anunciado", observou.
Manuel Lopes reiterou que o Governo deve pensar em ajudas "concretas" para o comércio, para a restauração e para os serviços.
"A dúvida que nós temos e que nos preocupa é como vai ser o comércio de amanhã. [...] Sabemos que o comércio vivia 60/70/80% do turismo, sabemos que ele não está cá, e interrogamo-nos quando irá aparecer: Sem ajuda e sem turismo como sobrevive o nosso comércio?", questionou.
Para o presidente da Associação de Dinamização da Baixa Pombalina, o 'lay-off' deve ser mantido "durante algum tempo", depois da reabertura do comércio, porque, segundo ele, os consumidores não vão aparecer em força.
Em novembro do ano passado, Manuel Lopes explicou à agência Lusa que, com o desaparecimento do turismo, quase não havia clientes no centro histórico.
"Tudo foi encaminhado para que o turismo fosse a grande força de compra na Baixa Pombalina. Quer a restauração, quer o comércio viviam -- e não é exagerado -- 70%, no mínimo, à custa do turismo", indicava Manuel Lopes, na altura.
O antigo empresário reconheceu que os consumidores vão demorar a voltar a ter confiança e poder de compra.
"Desapareceu o turismo, desapareceram clientes e os residentes são escassos. Obviamente, com este problema da covid, não havendo confiança das pessoas para circularem, a Baixa é aquela que mais se ressente", disse na altura, ressalvando que tem havido muitos negócios a fechar.
Segundo o dirigente, torna-se mais económico uma empresa encerrar do que estar aberta.
Nas contas da associação, até novembro, terão encerrado cerca de 115 espaços comerciais, com o primeiro confinamento.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.593.872 mortos no mundo, resultantes de mais de 116,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 16.540 pessoas dos 810.094 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
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