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Enfermeiros em greve protestam junto ao Ministério da Saúde pela dignidade laboral

Profissionais de saúde pedem a reposição da paridade salarial entre a carreira de enfermagem e a carreira técnica superior da Administração Pública, bem como a aposentação mais cedo.
Lusa 12 de Maio de 2023 às 14:10
Manifestação no Dia Internacional do Enfermeiro
Manifestação no Dia Internacional do Enfermeiro
Manifestação no Dia Internacional do Enfermeiro
Manifestação no Dia Internacional do Enfermeiro
Manifestação no Dia Internacional do Enfermeiro
Manifestação no Dia Internacional do Enfermeiro
Manifestação no Dia Internacional do Enfermeiro
Manifestação no Dia Internacional do Enfermeiro
Manifestação no Dia Internacional do Enfermeiro
Manifestação no Dia Internacional do Enfermeiro
Manifestação no Dia Internacional do Enfermeiro
Manifestação no Dia Internacional do Enfermeiro
Manifestação no Dia Internacional do Enfermeiro
Manifestação no Dia Internacional do Enfermeiro
Manifestação no Dia Internacional do Enfermeiro
Manifestação no Dia Internacional do Enfermeiro
Manifestação no Dia Internacional do Enfermeiro
Manifestação no Dia Internacional do Enfermeiro
Manifestação no Dia Internacional do Enfermeiro
Manifestação no Dia Internacional do Enfermeiro
Manifestação no Dia Internacional do Enfermeiro

Várias dezenas de enfermeiros concentraram-se esta sexta-feira junto ao Ministério da Saúde, em Lisboa, num protesto contra o "agravamento das condições de trabalho" integrado no dia de greve que cumprem.

A paralisação foi convocada pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) na data em que se assinala o Dia Internacional do Enfermeiro.

Entre as várias reivindicações, os enfermeiros pedem a reposição da paridade salarial entre a carreira de enfermagem e a carreira técnica superior da Administração Pública, bem como a aposentação mais cedo.

Vestindo camisolas amarelas com as inscrições "Este dia é nosso", os profissionais de saúde gritavam palavras de ordem como "Governo escuta, os enfermeiros estão em luta" ou "Enfermeiros valorizar para o SNS [Serviço Nacional de Saúde] avançar".

Em declarações à agência Lusa no local, o presidente do SEP explicou que "é necessário investir nos recursos humanos da saúde".

"Hoje continuamos a exigir a resolução prioritária de alguns problemas emergentes. Desde logo as injustiças relativas de que muitos enfermeiros são alvo, decorrentes da não contagem dos pontos, o pagamento de retroativos desde 2018, (...) a aposentação mais cedo e a contração de mais enfermeiros", realçou José Carlos Martins.

O dirigente sindical salientou que houve uma diminuição no número de enfermeiros em 25 instituições e criticou a não transição de enfermeiras grávidas para categoria de especialista.

"É um conjunto de soluções que estamos a exigir para problemas emergentes e prioritários sem prejuízo de, numa fase seguinte, exigirmos a valorização e o reconhecimento da carreira de enfermagem", sublinhou.

José Carlos Martins referiu que o SEP pediu uma reunião com o Ministério da Saúde, indicando, no entanto, que os enfermeiros não se sentem ignorados pelo Governo.

"Queremos a reunião que está pedida no mais curto espaço de tempo, sob o prejuízo de, e a não ser marcada e não haver soluções para os problemas, nós termos de agudizar as formas de luta", avisou.

O sindicalista também perspetivou, não excetuando a possibilidade de outras formas de luta, a manifestação agendada para 20 de maio que vai juntar utentes e profissionais de saúde em Lisboa, Porto e Coimbra contra a degradação SNS, exigindo mais investimento e condições de trabalho dignas.

"Estaremos presentes e em força na manifestação no dia 20 de maio, mas do ponto de vista da solução e das exigências para os problemas específicos teremos lutas autónomas que passarão por todas as possibilidades, desde concentrações, greves e manifestações. Teremos de avaliar nos órgãos", afirmou.

À Lusa, José Carlos Martins apontou que "há ausência de uma estratégia (...) de reforço" do SNS, dizendo que há apenas "medidas pontuais e avulsas" do Ministério da Saúde.

Mais tarde, em conferência de imprensa, o dirigente sindical esclareceu que "todos os piquetes de greve" se deslocaram para a concentração de Lisboa, referindo que há "uma adesão geral por todo país e muito grande", sem adiantar números.

"Traduz bem a insatisfação e o descontentamento dos enfermeiros, com a ausência de soluções do Ministério da Saúde. E é, por isso, no desenvolvimento das lutas que temos vindo a realizar, que comemoramos hoje este Dia Internacional do Enfermeiro: Lutando", destacou, em jeito de balanço.

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