Existe uma carência de 1 500 profissionais na região.
Uma campanha a denunciar as condições de trabalho dos enfermeiros nas unidades de saúde pública no Algarve foi iniciada esta segunda-feira, estimando-se haver a falta de 1.500 destes profissionais na região, segundo o sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP).
"O que pretendemos mesmo é alertar a população para aquilo que é a brutal carência de enfermeiros e para a sobrecarga de horários que existe e que os nossos colegas estão neste momento sujeitos", disse a dirigente nacional do SEP Guadalupe Simões.
A campanha com o lema "A nossa vida não tem horas extraordinárias" foi iniciada esta segunda-feira no Hospital de Faro e terminará na sexta-feira no Hospital de Portimão, com ações previstas até esse dia nos centros de saúde de Vila Real de Santo António, Tavira, Albufeira, Loulé Lagos, Vila do Bispo e Aljezur.
"Vamos acabar em Portimão, onde aí esperamos fazer uma grande exposição com todos os dados recolhidos e provavelmente confirmar aquilo que nós suspeitamos, que é a existência de uma carência de 1.500 enfermeiros no Algarve", afirmou Guadalupe Simões.
Para o SEP, a carência de enfermeiros no Algarve "agrava-se a cada dia que passa", num quadro geral em que "todos os dias saem enfermeiros... que não são substituídos".
Guadalupe Simões considerou ser "curioso" a ministra da Saúde, ter como "única preocupação" a discussão de um acordo coletivo de trabalho sobre a organização do tempo de trabalho, havendo, no entanto, legislação sobre a organização do tempo de trabalho que não é cumprida devido à carência de enfermeiros.
"Significa que o que vem aí em termos de propostas não é nada de bom, sobre a conciliação da vida pessoal e familiar, sobre a contratação de enfermeiros, sobre o colmatar de todas estas carências. O Algarve é um exemplo, mas a nível nacional todos sabemos que segue o mesmo exemplo", disse a responsável do SEP.
Os representantes dos trabalhadores sublinham que á um Regulamento da Ordem dos Enfermeiros (Dotações Seguras) que permite saber quantos enfermeiros devem trabalhar em cada serviço, mas "infelizmente nenhum serviço cumpre esse regulamento".
O sindicato exibiu num mural à entrada do Hospital de Faro números que mostram que nessa unidade de saúde faltam 70 enfermeiros na unidade de cuidados intensivos ou 39 nas urgências, para só falar nestes dois serviços.
No Hospital de Portimão, segundo o SEP, faltam 20 enfermeiros nas urgências e 10 no serviço de ortopedia, entre outros.
O sindicato também contabilizou milhares de folgas de feriado em dívida, assim como milhares de horas extraordinárias acumuladas.
"A tendência é para que este desconforto aumente e, se isso acontecer, naturalmente, teremos que fazer alguma coisa, nomeadamente, decidir formas de luta", disse Guadalupe Simões.
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