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Fenprof pede mão dura para fuga no exame

No dia em que o Governo garante que o exame não será repetido, Mário Nogueira põe “mãos no cepo” pelos dirigentes dos sindicatos.

29 de junho de 2017 às 09:05

No áudio que terá revelado os temas do exame de Português dois dias antes da prova, a aluna diz que a informação teve origem numa professora "presidente do sindicato, uma comuna" que dava explicações a uma amiga. Mário Nogueira, líder da Fenprof, a maior estrutura sindical de professores e com ligações conhecidas ao PCP, reagiu pela primeira vez ao caso.

"As duas mulheres presidentes de sindicatos da Fenprof são a Manuela Mendonça, do Sindicato de Professores do Norte, e a Anabela Sotaia, do Sindicato de Professores da Região Centro. Nenhuma é professora de Português, nem nenhum alto dirigente da Fenprof dá explicações", disse ao CM, frisando que põe "as mãos e os pés no cepo" por eles.

O responsável pede mão dura para os eventuais culpados: "O Ministério Público e a PJ têm de apurar tudo ao limite e punir de forma exemplar, quer seja falso e tenha havido uma montagem, quer se confirme a fuga de informação. Quem está por trás disto deve ser alvo de processo crime e ser afastado da administração pública".

Mário Nogueira acredita que será relativamente simples para as autoridades chegar à verdade deste caso. "Os exames são do conhecimento de quatro ou cinco pessoas, por isso vai ser fácil saber, há casos muito mais complicados para a PJ deslindar", disse o dirigente, que pede às autoridades para averiguarem "outras suspeitas que aconteceram no passado, para saber se alguém tem beneficiado alunos para aparecer nos lugares cimeiros do ranking".

Sindicato desconfia da divulgação no dia da greve

Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof, desconfia do timing da divulgação do problema. "Não sei se foi por acaso que isto veio a público no dia da greve de professores. O certo é que o exame foi no dia 19, mas só dia 21 é que o caso foi noticiado", disse.

Atraso na recolha de provas em escola no Cacém

Parte dos exames do Ensino Secundário realizados na terça-feira na Escola Ferreira Dias, no Cacém (Sintra), foram recolhidos pela PSP já depois das 21h00.

Segundo apurou o CM, na origem do problema terá estado um esquecimento por parte da escola, o que obrigou as autoridades a uma segunda passagem pelo estabelecimento de ensino para recolher exames de Geometria Descritiva que tinham sido realizados de manhã.

A PSP e a GNR são responsáveis por guardar as provas para garantir o sigilo das mesmas. Os exames são entregues nas escolas no dia do exame e recolhidos depois de realizadas as provas. A direção da escola não confirmou ao CM a existência de qualquer anomalia.

Já o Ministério da Educação limitou-se a afirmar que "de acordo com o júri nacional de exames, as provas foram todas recolhidas, não havendo nenhum problema a assinalar".

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