Associação celebrou esta sexta-feira o Natal com funcionários, utentes e familiares.
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A associação Raríssimas celebrou esta sexta-feira o Natal com funcionários, utentes e familiares, mas num "ambiente um bocadinho pesado", apesar de continuar a funcionar normalmente e aparentemente até hoje sem constrangimentos financeiros.
Quase uma semana depois de ser conhecido que a presidente da associação, Paula Brito e Costa, é suspeita de gestão danosa, o que levou à sua demissão do cargo, a Casa dos Marcos, estrutura de assistência na Moita fez a tradicional festa de Natal, mas sem pompa nem circunstância, nem a presença de figuras conhecidas, como em anos anteriores.
"O ambiente está um bocadinho pesado, porque estamos todos um bocadinho tensos com toda esta situação. Mas esperamos vê-la resolvida o quanto antes, porque está tudo muito 'stressado', não sabemos o que vai acontecer", disse aos jornalistas uma das funcionárias, Cátia Sobral.
Num dia em que apesar da festa a afluência à Casa dos Marcos foi pouca, a grande maioria dos familiares de utentes e funcionários preferiu não falar aos jornalistas.
Cátia Sobral garantiu no entanto que para já "continua tudo igual", que os funcionários continuam a dar o seu melhor e que haverá dinheiro quer para pagar vencimentos quer para o funcionamento da instituição.
"Tememos um bocadinho pelo futuro", admitiu ainda assim, embora não acredite que a Raríssimas encerre, "porque é uma associação muito grande e acaba por ser uma associação que faz falta, porque trata de doenças raras, que até agora é a única".
Familiares de utentes e outros funcionários que falaram aos jornalistas admitiram também o desconforto com a atual situação, de incerteza. "Gostava que isto não acabasse" ou "se fecharem isto vai ser um grande problema para muitas pessoas", foram frases ouvidas da parte de familiares de pessoas com doenças raras que estão a ser tratadas na Casa dos Marcos.
A angústia que os funcionários partilham, à qual se juntam as dúvidas ainda sobre o real poder de Paula Brito e Costa: "Uma hora é Presidente, outra é diretora", diz Cátia Sobral, acrescentando que quem trabalha na instituição se sente um bocado perdido porque não sabe o que é verdadeiro ou falso.
Uma coisa é certa, desde segunda-feira que nem a presidente nem o marido ou o filho, que também são trabalhadores da Raríssimas, voltaram à Casa dos Marcos. E certo é também o sentimento de funcionários e familiares de utentes de condenar a gestão de Paula Brito e Costa.
"Ninguém quer a senhora cá, ninguém está disponível para que ela venha para aqui. E era bom que não viesse", garantiu Cátia Sobral, corroborada por outra funcionária que não quis ser citada.
Paula Brito e Costa, que diz que se mantém na Casa dos Marcos, como diretora-geral, afirmou ao jornal Expresso que só saí da Casa dos Marcos se a despedirem e se houver um acordo. Um afastamento implicará "um despedimento, o pagamento da respetiva indemnização e o subsídio de desemprego", disse, citada pelo jornal.
Uma reportagem divulgada em 09 de dezembro pela TVI deu conta de alegadas irregularidades nas contas da Raríssimas, tendo apresentado documentos que colocam a agora ex-presidente da associação, Paula Brito e Costa, como suspeita de utilizar fundos da Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) para fins pessoais.
Entre as irregularidades apontadas, conta-se a compra de vestidos de alta costura, de bens alimentares caros e o pagamento de deslocações, apesar de ter um carro de alta gama pago pela Raríssimas. Além disso Paula Brito e Costa terá também beneficiado de um salário de três mil euros, de 1.300 euros em ajudas de custos e de um Plano Poupança Reforma que rondava os 800 euros mensais.
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