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Festival Super Bock Super Rock regressa ao Meco em 2023 mas numa nova localização

"Há já várias hipóteses, que precisam de ser trabalhadas", disse Luís Montez.

16 de julho de 2022 às 19:36

O festival Super Bock Super Rock (SBSR), a decorrer em Lisboa, regressa em 2023 ao Meco, no concelho de Sesimbra, mas numa localização diferente, que está ainda a ser estudada, disse à Lusa o promotor Luís Montez.

A 27.ª edição do festival vai acontecer em "13, 14 e 15 de julho no Meco, num novo espaço", que a promotora Música no Coração está "a trabalhar com a Câmara Municipal de Sesimbra, que garanta a segurança e a acessibilidade que a lei exige.

Segundo Luís Montez, em declarações à Lusa no festival, a decorrer no Parque das Nações, "há já várias hipóteses, que precisam de ser trabalhadas".

"São soluções que exigem tempo e planeamento", salientou.

Na 26.ª edição, que termina hoje, o SBSR deveria ter regressado à Herdade do Cabeço da Flauta, uma zona arborizada, entre a lagoa de Albufeira e a praia do Meco, no concelho de Sesimbra, após dois anos de pausa forçada pela pandemia da covid-19.

Mas, na terça-feira, a dois dias do início, a organização anunciou que o festival seria transferido para Lisboa, tendo em conta a declaração de estado de contingência vigente no país pelo elevado risco de incêndio e a consequente proibição de realização de quaisquer atividades em zona florestal.

No Meco, a organização pretende "arranjar um espaço que não seja florestal, que seja urbano ou agrícola, e que tenha bons acessos, que seja bonito e que tenha um grande cartaz".

"Para voltarmos a ser felizes no Meco", disse Luís Montez, sublinhando o "grande trabalho" que a Câmara Municipal de Sesimbra fez com a promotora e a "imbatível" praia do Meco.

A promotora e a autarquia já têm um espaço em mente, que tem "muito boa acessibilidade" e "boas condições".

"Há males que vêm por bem. Acredito que vamos voltar a fazer história. Gosto de cumprir com a minha palavra. Eu disse que o Meco é para sempre, tenho que cumprir", afirmou.

Em relação à edição que hoje termina, Luís Montez considera que, "dentro das circunstâncias, correu muito bem".

"Tivemos muito bons concertos. Para mim, o C.Tangana [que atuou na sexta-feira] foi o momento alto, nunca mais me vou esquecer. Acho que só com aquele concerto valeu a pena esta aventura", disse.

O promotor destacou também os concertos de GoldLink e Capicua, na sexta-feira, e o dos Capitão Fausto, com o maestro Martim Sousa Tavares, e Jamie XX que irão acontecer hoje à noite.

"Dentro dos condicionalismos todos, acho que correu bem. Melhor até do que eu pensava", afirmou.

Ao longo dos três dias da 26.ª edição, passaram pelo SBSR "entre 45 e 46 mil pessoas, numa média de 15 mil por dia".

Quanto à hipótese de a mudança para Lisboa ter tido algum impacto na venda de bilhetes, Luís Montez considera "difícil de dizer", porque "nos últimos dias [antes de um espetáculo] a venda aumenta sempre".

"Se calhar quem vivia perto do Meco não veio, mas quem vive em Lisboa veio. Houve gente que perdeu o bilhete nestes 3 anos, gente que mudou de país", referiu.

Entre o público, há quem tenha comprado bilhete em 2019 ou 2020. Mas também "houve gente que comprou e não apareceu", embora, segundo Luís Montez, seja um número "residual".

Os bilhetes adquiridos para o festival eram válidos para a edição transferida para Lisboa, quando à devolução de bilhetes, a organização ainda aguarda um parecer da Inspeção-Geral das Atividades Culturais.

Apesar de ter regressado a um ambiente urbano, o Parque das Nações, onde já se tinha realizado entre 2015 e 2018, o SBSR incluiu na mesma uma zona de campismo, no Parque Tejo/Caminho das Andorinhas, para os portadores de passe geral.

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