A edição de hoje
Mulher esteve em três unidades de saúde, uma sem maternidade e duas com o serviço de urgência fechados, até ser levada e atendida em Beja.
Grávida percorre mais de 300 quilómetros para ser vista por médico. Passou nove horas dentro de ambulância
Uma mulher grávida, de 29 anos, teve que percorrer mais de 300 quilómetros no interior de uma ambulância dos bombeiros de Cercal do Alentejo para ser vista por um médico devido ao fecho de serviços pelo País.
Ao que o CM apurou, a jovem passou pelo hospital de Santiago do Cacém, que não tem maternidade, e foi levada para Setúbal e para o Garcia de Orta, mas em ambas as unidades hospitalares os serviços de urgência estavam encerrados. Acabou por ser reencaminhada para o Hospital de Beja, onde conseguiu ser atendida. No total, passou nove horas dentro da viatura dos bombeiros.
"Fomos acionados pelo Hospital de Santiago do Cacém para fazer um transporte de uma grávida para o Hospital de Setúbal. Quando chegamos à unidade hospitalar, os serviços estavam encerrados e não foi possível fazer o atendimento. Tentou-se ir ao Garcia de Orta, mas verificou-se o mesmo: os serviços estavam encerrados. A solução que se encontrou foi a de levar a paciente para Beja", disse ao CM Vítor Tomás, o comandante dos Bombeiros de Cercal do Alentejo.
A doente, de nacionalidade estrangeira, foi assistida e não teve necessidade de internamento. "É uma situação preocupante. Para nós bombeiros, em termos de desgaste de tempo e para o doente e uma situação de saturação. Na quarta-feira, estivemos cerca de nove horas ocupados com uma viatura e uma doente", apontou o comandante.
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