A CP informou que, devido a greve convocada por organizações representativas dos trabalhadores, preveem-se, esta quarta-feira, perturbações na circulação de comboios a nível nacional.
Num comunicado divulgado na terça-feira, a CP adiantou que foram "definidos os serviços mínimos que se podem consultar" no site da empresa e que "aos clientes que já tenham bilhetes adquiridos para viajar em comboios dos serviços Alfa Pendular, Intercidades, Internacional, InterRegional e Regional, será permitido o reembolso, no valor total do bilhete adquirido, ou a sua revalidação gratuita para outro comboio da mesma categoria e na mesma classe".
"O reembolso ou revalidação podem ser feitos em myCP na área 'Os seus bilhetes' (para bilhetes adquiridos na bilheteira 'online' e App CP) até aos 30 minutos que antecedem a partida do comboio da estação de origem do cliente, bem como nas bilheteiras e, se reembolso, em cp.pt através do preenchimento do formulário 'online', com o envio da digitalização do original do bilhete e indicação de Nome, Morada postal, IBAN e NIF, até 10 dias após terminada a greve", indica a CP.
Também a Fertagus, que liga Lisboa e Setúbal por comboio, "prevê poder realizar 25% da sua oferta normal de dia útil" hoje, devido à greve na IP, entidade gestora da circulação ferroviária.
Numa nota divulgada no seu 'site', a transportadora - que explora esta linha ferroviária, com passagem pela Ponte 25 de Abril, mediante o pagamento de uma taxa de utilização à IP - disponibiliza os horários previstos para o dia da paralisação, no âmbito da qual "foi decretada a realização de serviços mínimos".
A Fertagus sublinhou que o cumprimento destes horários está dependente dos efeitos da greve e aconselha aos utentes utilizar um transporte alternativo sempre que possível.
A IP alertou, numa informação divulgada no seu 'site', que "poderão verificar-se, ao longo do dia, perturbações na circulação ferroviária".
Os trabalhadores da CP cumprem, esta quarta-feira, uma greve de 24 horas, em conjunto com os trabalhadores da IP, reivindicando um prémio financeiro para mitigar os efeitos da inflação e o cumprimento do Acordo de Empresa.
De acordo com o Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Setor Ferroviário, afeto à Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações, a greve deve-se à "falta de respostas da administração/Governo, que não têm em conta a realidade de uma brutal desvalorização dos salários".
De acordo com uma ata disponível no 'site' da DGERT - Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho, os sindicatos e a CP chegaram a acordo para o cumprimento de serviços mínimos de 25%.