Sindicatos e Governo não chegaram a acordo sobre as reivindicações dos profissionais depois de cinco horas de reunião.
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Os blocos operatórios dos centros hospitalares de São João (Porto), do Porto, de Entre Douro e Vouga (Santa Maria da Feira), de Gaia/Espinho, de Tondela/Viseu e os hospitais de Braga e Garcia de Orta, Almada, vão estar parados de esta quinta-feira até ao fim de fevereiro, devido a mais uma greve cirúrgica dos enfermeiros. O protesto será alargado aos centros hospitalares de Coimbra, de Lisboa Norte e de Setúbal a partir de dia 8.
O pré-aviso de greve já existia, mas tinha estado "em espera" devido às negociações. Esta quarta-feira, depois de cinco horas de reunião com a ministra da Saúde, Marta Temido, e representantes das Finanças, a Associação Portuguesa dos Enfermeiros (ASPE) e o Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (Sindepor) decidiram avançar com a paralisação, que tem início às 08h00 desta quinta-feira e que afetará as operações programadas.
"Não chegámos às condições mínimas para um consenso. Por muito boa vontade, não conseguimos o compromisso de assumir o descongelamento das progressões da carreira de forma justa e que vai englobar todos os enfermeiros. A forma que o Governo propõe deixaria quase metade dos enfermeiros de fora", disse Carlos Ramalho, presidente do Sindepor.
O dirigente fez questão de frisar que não há mais reuniões negociais marcadas e que pondera avançar com novas formas de luta. A mesma posição foi assumida pela presidente da ASPE, Lúcia Leite.
Em comunicado, o Ministério da Saúde (MS) confirma que o processo negocial da revisão da carreira de enfermagem está concluído e relembra que o Governo "aceitou uma estrutura de carreira com três categorias".
Entre as reivindicações não acolhidas pelo MS estão os aumentos salariais (ordenado base de 1613,42 euros), a idade de reforma aos 35 anos de serviço e aos 57 anos. De acordo com o Governo, as duas reivindicações significariam um impacto financeiro de cerca de 446 milhões de euros.
Marcelo veta lei à esquerda
O Presidente da República já foi bastante claro: uma Lei de Bases da Saúde aprovada à esquerda, ou seja, só com os votos do PS, PCP, Os Verdes e Bloco de Esquerda, receberá cartão vermelho em Belém.
Numa entrevista recente à Lusa, por ocasião do terceiro aniversário da sua eleição, Marcelo Rebelo de Sousa confirmou isso mesmo, conforme já tinha escrito o CM a 23 de janeiro e noticiou esta quarta-feira o jornal ‘Público’. Afirmou o Chefe de Estado que, em matéria central como é a da Saúde, vê com bons olhos "uma lei de regime" que não seja "o triunfo de uma conjuntura" e, por isso, não deveria existir neste dossiê "uma grande clivagem entre PS e PSD". Esta quarta-feira, reiterou que quer uma Lei de Bases da Saúde "duradoura e flexível".
O primeiro-ministro, António Costa, tem posição diferente. "Há uma coisa que posso garantir: na origem do SNS não está o PSD, porque o PSD votou contra o SNS. É por isso que é muito importante que a Lei de Bases da Saúde em discussão na Assembleia da República seja aprovada, não por uma maioria qualquer, mas pela maioria que criou, apoiou, defendeu e desenvolveu o SNS", defendeu o Chefe do Governo no último debate quinzenal, no dia 25.
Costa tem sublinhado também que quer ver uma nova Lei de Bases da Saúde aprovada até ao final da legislatura. Para já, todas as propostas apresentadas — do PSD, do CDS e do PCP, que se juntam à do BE, desde junho à espera na especialidade — passaram para a comissão de Saúde sem serem votadas.
"Cúmplice de Governo de promessas falhadas"
O PSD acusou esta quarta-feira o partido Os Verdes de ser "cúmplice de um Governo de promessas falhadas". A acusação surgiu por parte da deputada Ângela Guerra, após José Luís Ferreira, do PEV, ter centrado a sua intervenção no Parlamento, no tema da saúde, considerando que "a situação de muitos serviços de saúde do SNS é pouco saudável".
Quase oito mil cirurgias adiadas na 1ª paralisação
A greve é levada a cabo através de uma recolha de fundos. A campanha de angariação de fundos esteve ativa até ao dia 28. Foram angariados quase 424 mil euros.
Mais 4 milhões de embalagens
Segundo o organismo, no ano passado foram realizadas 248 inspeções a farmácias e 150 inspeções a distribuidores por grosso de medicamentos. Foram recebidos 435 contactos de utentes a reportar dificuldades no acesso a remédios, uma ligeira descida face a 2017 (455 contactos) e a 2016 (489).
Alerta para os casos de farmácias insolventes
PORMENORES 241 ambulâncias em 3 dias
Oeste e Lisboa juntam-se
Rastreio rápido da apneia
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