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Greve parcial na CP levou à supressão de 314 comboios até às 10h00

Trabalhadores exigem o cumprimento do acordo alcançado em 24 de abril entre a administração da CP e os sindicatos.

12 de maio de 2025 às 11:04

A greve parcial dos revisores e dos trabalhadores das bilheteiras levou esta segunda-feira à supressão de 314 comboios dos 425 programados (73,9%) entre as 00h00 e as 10h00, segundo dados da CP -- Comboios de Portugal enviados à Lusa.

De acordo com a transportadora, nas ligações urbanas de Lisboa, dos 201 comboios previstos foram suprimidos 139, e nos de longo curso estavam programados 24 e foram suprimidos 22.

Nos urbanos do Porto, estavam previstos 87 ligações e não se fizeram 58 e nos comboios regionais foram suprimidos 86 dos 102 previstos.

Contactada pela Lusa esta segunda-feira de manhã, fonte do SFRCI - Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante, que convocou a greve parcial, adiantou que a adesão à paralisação dos revisores e trabalhadores das bilheteiras da CP, que começou às 05h00 de hoje e que termina às 08h30, é de 100%, estando a ser cumpridos os 25% de serviços mínimos.

"A greve parcial teve início às 05h00 e termina às 08h30, mas os efeitos devem fazer-se sentir durante a manhã. A adesão à greve é de 100%, estando apenas a ser cumpridos os 25% respeitantes aos serviços mínimos decretados pelo Tribunal Arbitral", disse à Lusa Luís Bravo, do SFRCI.

O sindicalista disse que a greve visa reivindicar melhores condições salariais para todos os trabalhadores da empresa.

"A greve parcial mantém-se até terça-feira, sendo que ainda vai ter reflexos na quarta-feira dia 14", adiantou.

De acordo com Luís Bravo, a greve "mostra bem o descontentamento dos trabalhadores" em luta contra os salários baixos desde 2010.

De quarta-feira a sexta-feira, vários sindicatos estiveram em greve, sendo que até sexta-feira não houve serviços mínimos, o que resultou na paragem total da circulação.

Os trabalhadores exigem o cumprimento do acordo alcançado em 24 de abril entre a administração da CP e os sindicatos, considerando que "o Governo não pode querer os méritos da negociação e depois fugir às suas responsabilidades na aplicação".

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