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Guerra dos horários no Instituto Espanhol longe do fim  

Pais exigem que os alunos tenham pelo menos uma hora de almoço. Horário proposto pela escola prevê meia hora.

17 de janeiro de 2019 às 18:26

Depois de o ministro da Educação ter afirmado, no Parlamento, que a guerra entre pais e a direção do Instituto Espanhol de Lisboa (IEL) estava pacificada, a polémica continua. Apesar de o ministro ter assegurando à deputada do CDS-PP Ana Rita Bessa que a polémica dos horários, por falta de tempo para o almoço das crianças, "está resolvida, com o acordo dos pais", muitos destes têm-se insurgido contra esta informação, que dizem ser "absolutamente falsa", conforme diz ao CM o pai de um aluno.

"Partindo do princípio de que o ministro Brandão Rodrigues não mentiu propositadamente, só pode ter sido enganado pela representação diplomática espanhola", diz.

À atual situação, muito contestada e em que as crianças a partir dos 11, 12 anos, têm apenas duas pausas de 15 minutos, em sete horas de aulas, sem tempo para almoçar até ao final das aulas, às 15h15, a direção do IEL decidiu  propor outro horário "unilateralmente, sem consulta dos pais", em que os alunos passarão a ter dois blocos de três horas de aulas, com 25 minutos de intervalo, e 30 minutos para almoço às 14h00.

Os pais "não concordam nem aceitaram", garantem ao CM, ao contrário do que afirmou o ministro na Comissão de Educação e Ciência, uma vez que, conforme está estipulado, "qualquer escola ou colégio em Portugal tem que dar uma hora no mínimo para almoço aos alunos e, caso não tenham refeitório, no mínimo uma hora e meia", para que as crianças tenham tempo de ir almoçar ao exterior.

O objetivo da direção do IEL com o encurtar dos tempos, recorde-se, foi o de permitir aos professores que terminem o dia de trabalho mais cedo – uma decisão anunciada em cima do início do ano letivo, no último verão, e que apanhou os pais de surpresa. Estes queixam-se de que os filhos ficaram sem intervalos com tempo para brincar ou sequer almoçar, o que só podem fazer depois das 15h15, além de a perda de concentração nas aulas ser inevitável face a longos blocos de aulas seguidas, o que prejudica o rendimento escolar.

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