Barra Cofina

Correio da Manhã

Sociedade
2
Siga o CM no WhatsApp e acompanhe as principais notícias da atualidade Seguir

Guerra interna no STOP a caminho dos tribunais

Grupo de sócios do STOP em rota de colisão com a direção.
Rogério Chambel 1 de Outubro de 2023 às 01:30
André Pestana e sócios do STOP
André Pestana e sócios do STOP FOTO: Ricardo Almeida
A guerra interna pelo poder no Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (STOP) pode acabar em tribunal. Este sábado, numa assembleia geral extraordinária convocada por 203 sócios, foi aprovada a destituição da direção, que estava dividida. André Pestana foi destituído por vontade própria – pertencia à direção – e voltou a ser eleito presidente. Os contestatários afetos a Pestana acusam os anteriores corpos gerentes de “dificultar o exercício do sindicalismo democrático e combativo”; os visados dizem que a assembleia foi ilegal.

No centro da polémica está André Pestana, a principal figura do STOP, que entrou em rota de colisão com a direção do sindicato, da qual fez parte. “André Pestana tem urgência em destituir a atual direção devido ao nosso pedido de auditoria às contas”, diz Carla Piedade, uma dos nove elementos da direção contestada por Pestana. Na sequência da saída de Pestana do Movimento Alternativa Socialista e das acusações de que foi alvo, pede, também, clarificação política. “Não pode haver misturas entre o STOP e partidos políticos”, diz Carla Piedade. Pestana rebate as suspeitas, fala em “ataques brutais e calúnias” e garante: “Sempre separei a minha opção partidária da sindical. Defendo de uma forma acérrima o sindicalismo independente.”

“Infelizmente, há colegas que se preocupam mais em atacar-me do que atacar as políticas do Governo. O sindicato é dos sócios e não de meia dúzia de dirigentes”, sublinha. Sobre a auditoria às contas, garante que nunca se opôs. Acerca da assembleia deste sábado, diz que “cumpre todos os requisitos estatutários e legais”. Mas a presidente da mesa, entretanto destituída, tem um entendimento diferente: “Qualquer deliberação que daí resulte está eivada de ilegalidade”, contrapõe Teresa Cardoso.
Ver comentários
C-Studio