Também no CHVNGE, a morte de um recém-nascido em 12 de setembro de 2019 levou à acusação de homicídio por negligência.
O Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho (CHVNGE) aguarda o relatório final do perito indicado pela Ordem dos Médicos sobre o processo de inquérito aberto na sequência de uma morte perinatal em setembro de 2021, foi esta quinta-feira revelado.
Em resposta à agência Lusa, o CHVNGE afirmou esta quinta-feira que o processo de inquérito interno, aberto na sequência da morte de um bebé durante um parto no final do mês de setembro de 2021, "ainda se encontra a decorrer".
De acordo com o hospital, foi solicitado à Ordem dos Médicos (OM) a nomeação de um perito médico externo ao hospital, estando, neste momento, aquela unidade hospitalar a aguardar pelo relatório final relativo ao processo.
Escusando-se a fazer, em novembro desse ano, comentários sobre o que terá levado à morte do bebé na sua unidade de obstetrícia, o CHVNGE revelou então à Lusa ter dado início a um processo de inquérito e de averiguações interno.
Também no CHVNGE, a morte de um recém-nascido em 12 de setembro de 2019 levou à acusação de homicídio por negligência, na forma grosseira, de quatro médicos de ginecologia/obstetrícia daquela unidade hospitalar, segundo revelou na quarta-feira a Procuradoria-Geral Regional do Porto (PGRP).
Na nota, a PGRP diz que "os arguidos, todos da especialidade de ginecologia/obstetrícia no Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, compunham as equipas médicas de turno, quando se encontravam em funções no serviço de urgência, no acompanhamento do trabalho de parto de uma parturiente", entre as 08h09 e as 09h11 (hora do nascimento), de 12 de setembro de 2019.
"Ao invés de determinarem a realização de cesariana em tempo útil, decidiram prosseguir com a ideia inicial de parto vaginal quando tal opção se mostrava desadequada em face dos dados que vinham sendo fornecidos pelo CTG e a insistir na realização de manobras de reposicionamento da parturiente, aumentando de modo significativo a possibilidade de um desfecho desfavorável para o feto", refere a PGRP, que cita a acusação.
Segundo o MP, "em consequência de tais práticas, e apesar das manobras de reanimação a que foi sujeito, o recém-nascido acabou por falecer" pelas 13h45 desse dia "devido a encefalopatia hipóxica-isquémica".
"O que poderia ter sido evitado ou pelo menos o risco potencial disso acontecer ser reduzido significativamente, caso as duas equipas de médicos que acompanharam o trabalho de parto tivessem tido outro tipo de comportamento", concluiu a investigação.
O processo interno relacionado com os quatro médicos que o MP acusa agora de homicídio por negligência foi arquivado, revelou à Lusa na quarta-feira o CHVNGE.
"O instrutor nomeado, externo e independente do CHNVGE, tem elevada experiência na área e concluiu em relatório que não mostrou prova de nexo de causalidade pelo que foi proposto o arquivamento do processo", adiantou.
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