Pelo terceiro ano consecutivo, a população residente em Portugal aumentou. Em 2021, a população residente estimada era de 10 421 117, mais 0,26% que em 2020, segundo as Estatísticas Demográficas divulgadas esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística. Este crescimento populacional deve-se ao saldo migratório positivo de 72 040 (97 119 imigrantes face a 25 079 emigrantes), que compensa o saldo natural negativo (-45 220, resultante de 124 802 óbitos e 79 582 nados-vivos).
No total residiam a 31 de dezembro de 2021 quase 699 mil estrangeiros com estatuto de residente, dos quais 204 669 de nacionalidade brasileira. Nesse ano foram concedidos 111 311 títulos de residência (39 456 a cidadãos oriundos do Brasil). Durante 2021 foi concedida a nacionalidade portuguesa a 54 537 estrangeiros, mais do dobro do registado há dez anos, sendo a maior parte (30 021) pessoas residentes no estrangeiro, nomeadamente descendentes de portugueses e descendentes de judeus sefarditas portugueses.
Foram celebrados 29 057 casamentos, dos quais 287 entre casais de homens e 262 casais de mulheres. A idade média do 1.º casamento (geral) é de 32,9 anos (mulheres) e 34,3 (homens). Nos divórcios, houve 17 279, entre os quais 42 de casais de homens e 46 de casais de mulheres. A idade média dos divorciados (geral) é de 46 anos (mulheres) e 48,4 anos (homens).
SAIBA MAIS
ALGARVE NA FRENTE
A taxa de fecundidade (nados-vivos por 1000 mulheres em idade fértil) é de 35,8 em Portugal. Pelo segundo ano seguido, o Algarve é a região com a taxa de fecundidade mais alta (41,9), enquanto a Madeira tem a mais baixa (31,5).
FORA DO CASAMENTO
A maioria dos nados-vivos são registados fora do casamento: 42,3% com coabitação dos pais e 17,8% sem coabitação dos pais. Em 40%, os bebés nascem dentro do casamento. No Alentejo, a percentagem é de apenas 28,9%.