Segundo o responsável, o problema não se coloca pela falta de ambulâncias, mas sim com os recursos humanos que são escassos e funcionam em regime de voluntariado.
As corporações de bombeiros estão neste momento com problemas de gestão devido aos constrangimentos nas urgências, alertou esta sexta-feira a Liga dos Bombeiros Portugueses, estimando que este ano já tenham nascido em ambulâncias pelo menos 38 bebés.
Em declarações à Lusa, o presidente da Liga frisou que as corporações de bombeiros estão com "uma gestão difícil" devido a urgências encerradas, uma vez que os tempos de intervenção por cada emergência pré-hospitalar são maiores, o que "obriga a ter mais ambulâncias nos corpos de bombeiros para responder" a todas as solicitações.
Segundo o responsável, o problema não se coloca pela falta de ambulâncias, mas sim com os recursos humanos que são escassos e funcionam em regime de voluntariado.
"Não posso estar a tocar a sirene para este tipo de ocorrências sempre que surge uma emergência pré-hospitalar", disse, explicando que as corporações de bombeiros têm contratualizado com o INEM uma equipa. No entanto, afirmou, quando uma saída de emergência pré-hospitalar "começa a demorar muito tempo", porque "não há resposta no hospital mais próximo", os bombeiros em vez de terem uma equipa necessitam de ter nos quartéis duas, o que é difícil.
António Nunes precisou que antes as saídas de emergência resumiam-se ao distrito, mas agora tal não acontece e chegam a demorar mais de três horas.
Uma situação que não acontece só no distrito de Setúbal, onde os casos de constrangimentos nas urgências são mais graves, mas também em outras regiões do país e recordou que ainda na semana passada os bombeiros de Macedo de Cavaleiros (Bragança) transportaram uma grávida para Braga, além de ser frequente os doentes dos distritos da Guarda e de Viseu terem que ir para Coimbra.
Os bombeiros voluntários da Moita (Setúbal) dão conta, através das redes sociais, do nascimento desta sexta-feira de um bebé na A2 a caminho de Setúbal. António Nunes avançou que este ano, pelo menos, já nasceram em ambulâncias dos bombeiros 38 bebés.
Na segunda-feira, uma reunião entre a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, o INEM e a LBP, foi analisado o reforço do dispositivo especial de emergência pré-hospitalar em todo o país, nomeadamente na Península de Setúbal, a região onde o encerramento das urgências de ginecologia e obstetrícia tem sido mais recorrente.
Como resultado dessa reunião duas novas ambulâncias estão a reforçar desde sexta-feira a resposta das urgências obstétricas na margem sul do Tejo com o objetivo de garantir condições de segurança e rapidez na assistência às grávidas durante o verão.
Segundo a Liga, estes meios de socorro, que devem funcionar até 30 de setembro, vão ficar concentrados nos hospitais com urgências obstétricas encerradas na margem sul, que funcionam em regime de rotatividade entre os hospitais de Almada, Barreiro e Setúbal.
Estas duas ambulâncias resultam do protocolo existente entre a LBP e o INEM, sendo desta forma criados dois novos Postos de Emergência Médica Sazonais.
António Nunes avançou à Lusa que na próxima semana haverá novamente uma reunião com o INEM para ser feito um ponto de situação e alargar os Postos de Emergência Médica a outras zonas do país, ou seja, reforçar o serviço pré-hospitalar com mais ambulâncias nos distritos de Aveiro, Braga e Leiria, também com uma resposta sazonal.
O presidente da Liga afirmou que estes distritos também vivem situações complicadas.
António Nunes deu ainda conta que recentemente o Algarve foi reforçado com oito ambulâncias no âmbito dos Postos de Emergência Medica nas corporações de bombeiros, sendo também uma resposta sazonal.
Além deste reforço sazonal, existem ainda nas corporações de bombeiros 38 ambulâncias no âmbito do Dispositivo Especial de Emergência Pré-Hospitalar (DEEPH), criada em dezembro de 2024 para dar resposta à procura nas urgências.
Seis urgências vão estar fechadas no sábado e sete no domingo, sendo duas de Pediatria e as restantes de Ginecologia e Obstetrícia, indica o Portal do Serviço Nacional de Saúde (SNS) consultado hoje pela Lusa.
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