Incêndio que devastou o Chiado foi há 29 anos
Chamas destruíram a baixa da cidade, deixando marcas na história dos portugueses.
Daniela Vilar Santos
25 de Agosto de 2017 às 01:30
Faz esta sexta-feira 29 anos que um incêndio de origem duvidosa deflagrou no Chiado, em Lisboa. A 25 de agosto de 1988 as chamas destruíram por completo os armazéns Grandella e Chiado, na baixa da cidade. O fogo que deflagrou por volta das 5 horas da manhã, destruiu 18 edifícios e uma área que equivale a quase oito estádios de futebol.
Um bombeiro e um morador de 70 anos foram encontrados mortos, nos escombros. Outras 50 pessoas ficaram feridas e cinco famílias ficaram desalojadas.
Os bombeiros encontraram nas estruturas de madeira das paredes dos prédios pombalinos a grande dificuldade no combate. E numa rapidez violenta, as chamas já eram visíveis nas ruas do Carmo, Nova do Almada, Cruxifico, Garret, Calçada do Sacramento e Ouro.
A Câmara Municipal de Lisboa tinha colocado, na altura, vários canteiros de flores de betão pelas ruas dificultando a passagem dos veículos de socorro. Várias bocas-de-incêndio não funcionavam e o caos estava instalado em Lisboa.
O incêndio levou cerca de dois mil postos de trabalho e inúmeros estabelecimentos comerciais desapareceram.
O inquérito levantado pela Polícia Judiciária foi arquivado em 1992, quatro anos depois da tragédia.
Há quem fale em fogo posto, mas até hoje ninguém sabe a origem do incêndio que afetou uma das zonas mais caras do País.
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