Miguel Albuquerque considera "incompreensível" a eventual alteração da legislação nacional sobre obrigatoriedade da máscara".
O presidente do Governo da Madeira considerou esta quinta-feira "incompreensível" a eventual alteração da legislação nacional sobre obrigatoriedade do uso da máscara para prevenir a covid-19, anunciando uma recomendação regional para que a medida se mantenha no arquipélago.
Miguel Albuquerque falava à margem da inauguração de um empreendimento imobiliário no Funchal que representou um investimento na ordem dos 26 milhões de euros.
O chefe do executivo regional de coligação PSD/CDS salientou que depois de serem "auscultadas" as autoridades de saúde da Madeira, o executivo madeirense decidiu "adotar uma recomendação regional de manutenção do uso da máscara no exterior em qualquer circunstância no sentido de preservar e prevenir a propagação do covid-19".
O governante madeirense argumentou que esta decisão acontece porque a lei sobre esta matéria "vai ser alterada na Assembleia da República" e a região não tem competência para legislar em matéria de Direitos, Liberdades e Garantias.
"Nós dissemos que íamos manter todas as medidas até alcançarmos os 85% da vacinação completa da população e mesmo os 85% não é uma garantia que não existam surtos", sublinhou o responsável, exemplificando com a situação se está a registar em Israel, que tem identificado "10 mil casos por dia".
Miguel Albuquerque defendeu que "as pessoas devem continuar a usar a máscara na rua, porque o uso de máscara vem prevenir a propagação sobretudo destas variantes" do novo coronavirus
"Não podemos e não percebemos porque vai ser alterada a legislação nacional. Também ninguém percebe porque é que isso vai acontecer, e, independentemente disso, nós queremos é que as pessoas continuem a usar as máscaras", reforçou.
O presidente do governo insular opinou que as pessoas pensam que "está tudo ótimo", mas hoje foi detetado um novo surto na região, com 25 pessoas infetadas na freguesia da Camacha, concelho de Santa Cruz.
Ña opinião de Miguel Albuquerque recordou que a Madeira foi a primeira região a propor a sua utilização, que foi posteriormente adotada a nível nacional
O líder insular criticou que numa altura em que está a ser atingida a meta dos 85% da população vacinada, "decidiram no continente, não sei porquê, qual a razão, tirar a máscara na rua".
"Nós recomendamos que devemos usar a máscara", sustentou, argumentando que atualmente se verifica uma proximidade entre as pessoas, surgem novas variantes e a Madeira é "uma região aberta ao exterior, com uma densidade populacional diferente da do continente, com o inicio de aulas, tudo isso implica prudência, bom senso e cuidado".
Por isso, o governante regional assegurou que na Madeira "os testes vão manter-se" para os viajantes
"Temos de ter bom senso. Acho que não custa nada usar a máscara. Não podemos obrigar, mas vamos recomendar" no exterior, realçou.
Miguel Albuquerque garantiu que o Governo Regional "não vai alterar nada" na região e "as medidas estão todas em vigor, com exceção desta alteração que querem fazer no continente da história da máscara que ninguém percebe".
Hoje o Conselho do Governo da Madeira anunciou que mantém a obrigatoriedade de testes PCR nos aeroportos e vai exigir a apresentação de testes antigénio nos portos, tendo em conta a retoma dos navios de cruzeiro já a partir desde mês.
De acordo com os dados mais recentes da Direção Regional de Saúde, o arquipélago da Madeira, com cerca de 250 mil habitantes, regista 164 casos ativos de covid-19, num total 11.429 confirmados desde o início da pandemia e 75 mortos associados à doença.
A covid-19 provocou pelo menos 4.593.164 mortes em todo o mundo, entre mais de 222,46 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 17.836 pessoas e foram contabilizados 1.052.127 casos de infeção confirmados, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.