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1400 párocos recusaram por não terem contacto direto com os utentes. Igreja diz desconhecer padres vacinados de forma indevida.
Contactados pelo CM, alguns bispos portugueses lamentaram toda a polémica relativa à vacinação nas IPSS, lembrando que foram as autoridades que ordenaram a vacinação de utentes, funcionários e dirigentes.O Correio da Manhã contactou o primeiro-ministro quanto ao mal-estar gerado nas IPSS e o gabinete de António Costa afirmou apenas que a diretiva enviada às IPSS fala em “profissionais e residentes em lares e instituições similares”.O padre Lino Maia, presidente da CNIS, revelou que, em conversa com o primeiro-ministro, António Costa, “não disse para não vacinar as direções, mas também não disse assim seja”. Já o cónego Roberto Rosmaninho, que representa a CNIS em Braga, assegurou que “a diretiva referia claramente a ordem de vacinação de utentes, funcionários e dirigentes com contacto direto com o apoio aos utentes”.Ao todo, em Portugal existem 5647 instituições de solidariedade, sendo mais de quatro mil ligadas à Igreja Católica. Destas, mais de 1150 são presididas por sacerdotes e todas têm um capelão nomeado. Ou seja, há mais de 2200 padres ligados a uma ou mais IPSS, mas 1400 recusaram a vacina.Entretanto, continuam a avolumar-se os relatos de abusos no processo de vacinação em IPSS e misericórdias.Envolta em polémica está, por exemplo, a Santa Casa da Misericórdia de Barcelos, que assume ter vacinado seis mesários da instituição, “que, pelas suas funções, mantêm atividade diária na instituição, contactam com utentes e gerem colaboradores das áreas de saúde e idosos”. O provedor Nuno Reis, que não recebeu a vacina, recusa qualquer irregularidade.
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