Relatório conta com 1.227 diretores, incluindo representantes de empresas portuguesas.
A grande maioria (86%) das empresas tem um orçamento atribuído para investigação e desenvolvimento (I&D) em inteligência artificial (IA), de acordo com o Barómetro Internacional da Inovação 2025 da consultora Ayming, que inclui Portugal.
Este relatório anual - o sexto Barómetro Internacional da Inovação - baseia-se na análise da I&D da consultora nos últimos cinco anos, lê-se no documento.
Para o barómetro, foram inquiridos 1.227 diretores de I&D e Inovação, diretores financeiros, diretores executivos e diretos de tecnologia, os quais foram entrevistados em junho deste ano, num total de 17 países, incluindo Portugal.
"A maioria [das empresas] atribuiu menos de 20% do seu orçamento de inovação à IA, sendo a resposta mais comum entre os 6% e os 10%", refere o relatório, adiantando que "apenas 5% das empresas não têm qualquer orçamento atribuído" à inteligência artificial, "valor que sobe para 10% entre as pequenas empresas".
A inteligência artificial "tem de ser adaptada a cada organização, pelo que pode ser um investimento muito grande para o qual as empresas mais pequenas simplesmente não têm recursos. Também tem um impacto maior nas grandes empresas, onde há mais ganhos de produtividade em vários setores", afirma Claire Untereiner, 'manager' de desempenho financeiro e inovação na Ayming França, citada no relatório.
No que respeita ao processo de inovação, "75% das empresas estão, atualmente, a utilizar a inteligência artificial para apoiar as suas atividades de I&D de alguma forma", lê-se no estudo, que diz que é possível classificar o uso de IA em dois subgrupos.
Um respeita os que utilizam uma das plataformas padrão como ChatGPT, numa base mais 'ad-hoc', o outro tem a ver com aqueles que criaram algo mais à sua medida.
"Está a decorrer um grande debate sobre a forma de explorar a IA. Plataformas como ChatGPT foram uma forma de democratizar a utilização de IA", salienta Untereiner.
Antes, "era apenas uma opção para um grupo restrito de especialistas em tecnologia, mas agora todos podem utilizá-la", no entanto, "se quisermos algo personalizado que mude o fluxo de trabalho da nossa empresa, isso tem um custo elevado, especialmente se não pudermos divulgar informações confidenciais", acrescenta a mesma responsável.
A utilização da IA está a ter impacto nas equipas, com 85% dos inquiridos a referir que estão a alterar a estrutura na I&D devido às ferramentas de IA e 41% afirmaram que já o fizeram, "sendo este número mais de metade (52%) entre as grandes empresas", segundo as conclusões do barómetro.
Já sobre o sentimento geral em relação à IA, "84% das empresas afirmam que a IA está a ter um impacto positivo na sua inovação e apenas 3% têm uma perspetiva negativa, sendo as empresas de maior dimensão mais recetivas à IA do que as empresas de menor dimensão".
Na sua maioria, as empresas usam a IA para analisar dados para apoiar a sua inovação, com 53%, seguindo-se a análise preditiva, com 43%.
Os inquiridos neste relatório são de 17 países: Bélgica, Canadá, China, Chéquia, França, Alemanha, Irlanda, Itália, Hungria, Países Baixos, Polónia, Portugal, Singapura, Eslováquia, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos e dividem-se equitativamente entre sete setores: automóvel, construção, finanças, indústria transformadora, finanças, farmacêutico e tecnologia, e refletem uma representação igual de grandes e pequenas empresas, segundo o barómetro.
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