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Sociedade
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Mais vagas em cursos de Medicina e Educação

Concurso Nacional de Acesso com 54 036 vagas abertas para a 1.ª fase: são mais 396 do que as abertas no ano passado.
Edgar Nascimento 2 de Abril de 2023 às 01:30
Este ano há mais 
396 lugares 
do que no ano passado
Todas as instituições de ensino superior públicas manifestaram a sua adesão ao contingente
Ministério do Ensino Superior
Elvira Fortunato, Ensino Superior
Este ano há mais 
396 lugares 
do que no ano passado
Todas as instituições de ensino superior públicas manifestaram a sua adesão ao contingente
Ministério do Ensino Superior
Elvira Fortunato, Ensino Superior
Este ano há mais 
396 lugares 
do que no ano passado
Todas as instituições de ensino superior públicas manifestaram a sua adesão ao contingente
Ministério do Ensino Superior
Elvira Fortunato, Ensino Superior
Com quase quatro meses de antecedência face ao habitual, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior divulgou as vagas nos 1108 cursos do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior de 2023. Há mais 396 lugares do que no ano passado, e nos cursos de Medicina e de Educação regista-se um aumento da oferta: mais 7 em Medicina (passa para 1541) e mais 100 nos cursos de formação de professores (passa para 955). Há um reforço de 2% de vagas em cursos que visam a formação em competências digitais, face às vagas iniciais do ano anterior, sendo disponibilizadas 9127 vagas. Do total de 1108 cursos, há 45 que abrem menos de 20 vagas e há 79 que abrem 100 ou mais vagas. 

Direito, na Universidade de Lisboa, com 445 vagas, é o curso com mais oferta. Do lado oposto, há 5 cursos que abrem 10 vagas (dois na Universidade de Évora, dois no Politécnico de Leiria e um na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro). Por instituições, a Universidade de Lisboa é a que tem mais vagas (7424), enquanto no ensino politécnico, é no Porto que está o instituto com mais oferta: 3183. O Politécnico de Bragança é a instituição que perde mais vagas (158), enquanto o Politécnico do Porto é a que mais ganha (111). Para além das vagas agora fixadas, as instituições têm mais 24 917 vagas disponíveis para fixar nos regimes especiais e concursos especiais de acesso. Nos concursos locais há 697 vagas (menos 24 que em 2022).

As candidaturas (apenas online) começam em 24 de julho e cada candidato pode concorrer até seis pares instituição/curso. As colocações são divulgadas a 27 de agosto. Com esta edição do Correio da Manhã é publicado um suplemento de 8 páginas, com todas as vagas abertas por curso/instituição, bem como a nota de entrada do último colocado em 2022.

Alunos carenciados com direito a 2%
Pela primeira vez é disponibilizado um “contingente prioritário de estudantes carenciados economicamente”, com 2 por cento de vagas para cada ciclo de estudos (ou 2 vagas, nos cursos com mais de 100 alunos) para candidatos beneficiários de Ação Social Escolar. No total, serão mais de mil vagas disponíveis para este contingente. Segundo nota do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, apesar do caráter voluntário da adesão, “todas as instituições de ensino superior públicas manifestaram a sua adesão ao contingente já este ano”.

O presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP), António Sousa Pereira, considera que a elevada adesão das universidades à reserva de 2% das suas vagas para alunos do escalão A da Ação Social Escolar é prova do “reequilíbrio que as novas regras de fixação de vagas vieram trazer ao ensino superior português. “A primeira vantagem do despacho deste Governo para o próximo ano letivo já está à vista: vão entrar nas universidades alunos de famílias carenciadas, que são o grupo social mais sub-representado no ensino superior português”, afirma António Sousa Pereira, em comunicado.

Para além das vagas para alunos carenciados, o MCTES salienta que este ano é alargado o contingente prioritário para candidatos emigrantes,

familiares que com eles residam e lusodescendentes para a 2.ª fase do Concurso Nacional de Acesso (candidaturas entre 28 de agosto e 5 de setembro). “Estes candidatos mantêm a possibilidade de acesso na 1.ª fase (até 7% das vagas iniciais fixadas na 1.ª fase em cada par instituição/ciclo de estudos) e 3,5% na 2.ª fase”, refere o Ministério do Ensino Superior.

PRR apoia quase 9 mil vagas
Segundo o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, das mais de 54 mil vagas no Concurso Nacional, 8990 são em formações apoiadas pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). O objetivo é “reforçar a formação superior inicial e o aumento do número de graduados em áreas CTEAM (Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática) e atingir as metas de graduação fixadas pelo PRR até 2026”: formar mais 18 mil estudantes nestas áreas de conhecimento.

ANTECIPAÇÃO
Todo o calendário de colocações do Concurso Nacional de Acesso é antecipado em 2023 face ao que tem acontecido em outros anos, de modo a existir um período mínimo de 15 dias de intervalo entre a colocação da 1.ª fase e o início da atividade letiva, explica o ministério tutelado por Elvira Fortunato.

Excelência
Foram fixadas mais 82 vagas nos ciclos de estudo com maior concentração de melhores alunos, fixando-se estas num total de 5006 vagas.

189,0 PONTOS
Na 1.ª fase do Concurso Nacional de Acesso de 2022 o curso com a média de entrada mais elevada foi Medicina, no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar: o último colocado entrou com 189,0 pontos.

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