Esta média diária de 164 doentes em cuidados intensivos representa 64% do limiar definido como crítico de 255 camas ocupadas.
Portugal registou este mês , apesar de a grande maioria da população estar vacinada contra a covid-19, mais de 69 mil casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2, mais 898% do que os 6.940 casos detetados em agosto de 2020.
Os relatórios diários da pandemia da Direção-Geral da Saúde (DGS) indicam que, em agosto de 2020, e ainda antes de se iniciar a vacinação contra a covid-19, que só arrancou no final do ano, foram registados em todo o país 6.940 casos positivos de infeção, muito abaixo dos 69.296 verificados ao longo deste mês.
A mesma tendência verifica-se ao nível dos óbitos, com 87 mortes atribuídas à covid-19 em agosto de 2020 e 382 em agosto deste ano, o que representa um crescimento de 339% na comparação entre os dois meses.
Ao nível dos serviços de saúde, os dados indicam também uma maior pressão em agosto de 2021, mês em que estiveram internados uma média diária de 768 doentes, valor superior à média de 346 pessoas que necessitaram de cuidados hospitalares em agosto de 2020.
O mesmo cenário registou-se nos cuidados intensivos, que trataram este mês uma média diária de 164 doentes, enquanto, em agosto de 2020, essa média ficou-se pelas 39 internadas nestas unidades.
Esta média diária de 164 doentes em cuidados intensivos representa 64% do limiar definido como crítico de 255 camas ocupadas.
A elevada incidência de casos em Portugal está, segundo os especialistas, associada à variante Delta do coronavírus, considerada mais transmissível do que a Alpha e que é responsável por 100% das infeções em todas as regiões do país, de acordo com os dados hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).
No final de maio, os dados do INSA indicavam que a Delta, associada inicialmente à Índia e detetada pela primeira vez em Portugal em abril, apresentava uma prevalência de 4,8% dos casos em Portugal, com maior incidência no Alentejo e Lisboa e Vale do Tejo.
Desde então, a variante Delta foi ganhando rapidamente terreno à Alpha, originária do Reino Unido e que chegou a ser a prevalente em Portugal, passando mesmo a ser a única que está em circulação atualmente em todo o país.
De acordo com o último relatório das "linhas vermelhas" da pandemia, o número de novos casos de infeção por SARS-CoV-2 por 100 mil habitantes, acumulado nos últimos 14 dias, foi de 315 casos, com "tendência estável a nível nacional".
A 19 de agosto de 2020, a taxa de incidência para os últimos sete dias situava-se nos 14,4 novos casos por 100 mil habitantes e em 27,7 novos casos por 100 mil habitantes para os 14 dias anteriores.
O 'site' estatístico Our World in Data coloca hoje Portugal na sétima posição, entre os 27 países da União Europeia, na média de casos nos últimos sete dias por um milhão de pessoas, com 217.39, atrás da Irlanda, que lidera com 354.3, de Chipre (309.2), da Grécia (300.2), da França (267.83), da Estónia (266.59) e da Bulgária (217.56).
Dados do Ministério da Saúde indicam que, desde o início da vacinação a 27 de dezembro de 2020 até ao segunda-feira, tinham sido administradas mais de 14 milhões de vacinas contra a covid-19 em Portugal, mais 8,2 milhões de primeiras doses e cerca de 5,8 milhões de segundas tomas.
A covid-19 provocou pelo menos 4.507.823 mortes em todo o mundo, entre mais de 216,98 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 17.743 pessoas e foram contabilizados 1.037.927 casos de infeção confirmados, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.
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