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Motoristas da Horários do Funchal avançam com nova greve em setembro

Reivindicam uma "correção da atualização salarial" em pelo menos 30,65 euros por mês.

18 de agosto de 2025 às 21:00

Os motoristas da empresa pública de transportes coletivos Horários do Funchal, na Madeira, vão avançar com uma nova greve em 17 e 18 de setembro, indicou, esta segunda-feira, o Sindicato Nacional de Motoristas e Outros Trabalhadores (SNMOT).

"O plenário [de trabalhadores] mandatou o sindicato para marcar uma greve de 48 horas para os dias 17 e 18 de setembro e essa greve é para manter caso um requisito não fique preenchido: que se acabe com as discriminações salariais na Horários do Funchal", disse à agência Lusa o dirigente sindical Manuel Oliveira.

O SNMOT promoveu, esta segunda-feira, dois plenários de trabalhadores, um com os motoristas da empresa privada Siga Rodoeste, outro com os profissionais da empresa pública Horários do Funchal.

No caso da Siga Rodoeste, que emprega cerca de 80 motoristas, a decisão foi agendar uma reunião para setembro com a Associação Comercial e Industrial do Funchal/Câmara de Comércio e Indústria da Madeira (ACIF/CCIM), que representa os empresários do setor, para prosseguir o processo negocial.

Já em relação à Horários do Funchal, com 350 motoristas, o plenário mandatou o sindicato para avançar com uma nova greve em setembro, tendo já havido duas paralisações, uma em 25 e 26 de junho, outra em 20 de julho.

Além de reivindicar uma "correção da atualização salarial" em pelo menos 30,65 euros por mês e a reabertura do processo negocial para a redução do horário de trabalho para 35 horas semanais, o SNMOT exige o fim das discriminações salariais.

"Esta é a condição 'sine qua non' e depois, a outra, como é óbvio, é que haja abertura do processo negocial para a discussão das questões que estão em cima da mesa, nomeadamente a redução de horário semanal das 39 horas para as 35, naturalmente feito de forma faseada", disse Manuel Oliveira.

O sindicalista explicou que a discriminação salarial decorre de um acordo assinado entre a administração da empresa Horários do Funchal e outra estrutura sindical do setor, o Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários e Atividades Metalúrgicas da Madeira (STRAMM), que determinou um aumento salarial de 20 euros no vencimento base, com efeitos retroativos a 01 de janeiro de 2025, abrangendo não apenas os trabalhadores filiados neste sindicato como também os não sindicalizados.

Os trabalhadores filiados no Sindicato Nacional de Motoristas e Outros Trabalhadores não foram abrangidos por este aumento, sendo que o processo negocial está também marcado por alguma tensão entre as partes envolvidas, nomeadamente o sindicato, a administração da empresa e o Governo Regional (PSD/CDS-PP), que tutela a Horários do Funchal.

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