Barra Cofina

Correio da Manhã

Sociedade
2
Siga o CM no WhatsApp e acompanhe as principais notícias da atualidade. Seguir

Nobel distingue descobertas que levaram à vacina da Covid

Cientista húngara e médico norte-americano foram anunciados como vencedores durante cerimónia em Estocolmo.
Paulo Fonte(paulofonte@cmjornal.pt) 3 de Outubro de 2023 às 01:30
O prémio foi anunciado no Instituto Karolinska, em Estocolmo
Laureados trabalham na Pensilvânia, EUA
Egas Moniz, médico
O prémio foi anunciado no Instituto Karolinska, em Estocolmo
Laureados trabalham na Pensilvânia, EUA
Egas Moniz, médico
O prémio foi anunciado no Instituto Karolinska, em Estocolmo
Laureados trabalham na Pensilvânia, EUA
Egas Moniz, médico
Descobertas que permitiram o desenvolvimento de vacinas mRNA eficazes contra a Covid-19 valeram, na segunda-feira, a atribuição do prémio Nobel da Medicina à húngara Katalin Karikó e ao norte-americano Drew Weissman.

As investigações "foram fundamentais para o desenvolvimento de vacinas de mRNA eficazes contra a Covid-19 durante a pandemia que começou no início de 2020. Através das suas descobertas inovadoras, que alteraram a nossa compreensão de como o mRNA interage com o nosso sistema imunitário, os laureados contribuíram para a taxa sem precedentes de desenvolvimento de vacinas durante uma das maiores ameaças à saúde humana nos tempos modernos", afirma em comunicado a Assembleia do Nobel.

Katalin Karikó, de 68 anos, é professora na Universidade de Sagan, na Hungria, e professora adjunta na Universidade da Pensilvânia, EUA. O médico e investigador norte-americano Drew Weissman, 64 anos, realizou a sua investigação juntamente com Karikó na Pensilvânia, explicou Thomas Perlmann, secretário da Assembleia do Nobel.

Os investigadores observaram que as células dendríticas reconhecem o mRNA ‘ in vitro’ como uma substância estranha, o que leva à sua ativação e à libertação de moléculas de sinalização inflamatória. "Karikó e Weissman perceberam que algumas propriedades críticas devem distinguir os diferentes tipos de mRNA", é referido.

Na investigação produziram diferentes variantes de mRNA, cada uma com alterações químicas únicas nas suas bases, que entregaram às células dendríticas. "Os resultados foram surpreendentes: a reação inflamatória foi quase abolida quando as modificações de base foram incluídas no mRNA." Estes resultados foram publicados em 2005, 15 anos antes da pandemia.

Egas Moniz: prémio em 1949
António Egas Moniz (1874–1955), médico neurologista, investigador, político e escritor, ganhou o Nobel da Medicina em 1949 pelos seus estudos relacionados com a lobotomia. Desenvolveu a angiografia cerebral e a leucotomia pré-frontal e desempenhou diversos cargos em hospitais e outras entidades ligadas à saúde.

Distinção em Portugal
Os cientistas distinguidos com o Nobel já tinham sido agraciados em Portugal no ano passado pela mesma investigação, através da Fundação Bial.

Doenças vacinação
A Escola Nacional de Saúde Pública considerou, na segunda-feira, que a atribuição do Prémio Nobel da Medicina dá "uma ênfase à grande vacinação" como um dos instrumentos mais importantes na prevenção de doenças.
Ver comentários
C-Studio