Em causa está um projeto de investigação que combina a inteligência artificial e dados reais de utentes.
Uma nova plataforma vai utilizar a Inteligência Artificial (IA) para prever quais os doentes que têm maior potencial de recorrerem várias vezes às urgências, com o objetivo de reduzir a sobreutilização desses serviços.
Em causa está um projeto de investigação que combina a IA e dados reais de utentes, envolvendo a Unidade Local de Saúde de Almada-Seixal (ULSAS), a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade NOVA de Lisboa e a associação privada Value for Health CoLAB.
Na prática, a nova plataforma de IA vai aproveitar o trabalho já feito pelo Grupo de Resolução de Utilizadores Muito Frequentes (GRHU), uma parceria que nasceu em 2016 entre o Hospital Garcia de Orta e o Agrupamento de Centros de Saúde de Almada-Seixal.
Trata-se de uma equipa de médicos, enfermeiros e assistentes sociais que analisam os doentes que vão 10 ou mais vezes às urgências do hospital num ano, no sentido de lhes proporcionar uma resposta de saúde mais adequada.
Este trabalho permitiu reduzir em 51% os episódios de urgência e internamentos de utentes frequentes, assim como uma diminuição de 44% nos custos associados ao acompanhamento destes doentes. Acrescentando a este trabalho já feito, "queremos usar a inteligência artificial para prever os doentes que vão gerar uma sobreutilização dos serviços e dar-lhes uma resposta mais antecipada", adiantou à Lusa Ana Londral, diretora executiva e científica do Value for Health CoLAB. Segundo a professora auxiliar na NOVA FCT, a solução HUMAI -- High Users Management with AI que será trabalhada com os profissionais de saúde pretende "usar a inteligência artificial para poder antecipar um doente que se vai tornar utilizador muito frequente" dos serviços de urgência.
Ana Londral adiantou ainda que o projeto já foi aprovado pela Comissão de Ética, o que vai permitir desenvolver os algoritmos inteligentes para fazer a previsão do doente que, potencialmente, vai gerar uma sobreutilização das urgências.
O princípio que está por trás das idas recorrentes às urgências assenta em utentes que não estão bem acompanhados no Serviço Nacional de Saúde, referiu a diretora executiva e científica do Value for Health CoLAB, para quem a IA pode estar ao serviço das organizações públicas, com soluções inovadoras baseadas em dados da população e que promovam a utilização eficiente dos recursos do SNS.
"Se este modelo, de facto, funcionar muito bem, é possível depois também escalá-lo para outros hospitais, isso seria muito interessante", salientou Anda Londral, adiantando que o HUMAI vai ser desenvolvido ao longo do próximo semestre.
O Value for Health CoLAB é uma associação privada sem fins lucrativos que trabalha com empresas, entidades governamentais e universidades para desenvolver soluções de cuidados de saúde de elevado valor para a sociedade, integrando a rede de laboratórios colaborativos reconhecidos pela Fundação para a Ciência e Tecnologia.
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