O número de filhos por mulher em idade fértil voltou a subir em 2018 para o valor mais elevado dos últimos 14 anos. O chamado índice sintético de fecundidade foi de 1,41 filhos, quando em 2017 foi de 1,37. É preciso recuar até 2005 para obter um valor superior de 1,42. Este é, contudo, um valor ainda muito baixo para garantir a substituição de gerações, em que o valor mínimo indicado é de 2,1 filhos por mulher em idade fértil.
Em Portugal, no último ano, houve 87 020 nascimentos, mais 866 bebés face a 2017. O número de óbitos foi 113 051, aumentando 3,0% relativamente a 2017 (109 758). O número de óbitos infantis foi 287, mais 58 do que em 2017. As estatísticas divulgadas esta sexta-feira apontam para um aumento do número de bebés que nascem com com baixo peso (menos de 2,5 quilos): em 2018 foram 7804, em 2013 somaram 7165.
À semelhança dos anos anteriores, mais de metade dos bebés (55,9%) nasceram fora do casamento. O Norte e os Açores são as únicas regiões em que mais de metade dos bebés nascem dentro do casamento. Na Área Metropolitana de Lisboa, 22% dos bebés nascem fora do casamento e sem coabitação dos pais.
Apesar do aumento da natalidade, do decréscimo da emigração e do aumento da imigração, a situação demográfica continua a caracterizar-se pelo decréscimo da população.