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Outubro foi o mês com mais chamadas para linha SNS 24

Ministério da Saúde afirma que em outubro foram atendidas mais de cinco mil chamadas por dia.

02 de novembro de 2023 às 22:37

O mês de outubro passado foi o que registou mais atendimentos pela linha SNS 24, com 173 mil chamadas, num ano em que o serviço já alcançou até agora 1.462.900 telefonemas, informou esta quinta-feira o Ministério da Saúde (MS).

Os dados fornecidos pelo MS em resposta a questões colocadas pela agência Lusa especificam que em outubro foram atendidas 5.580 chamadas por dia.

O ministério explica, na resposta enviada à Lusa, que em 2022 a linha teve o maior número de atendimentos de sempre, com mais de nove milhões de chamadas, "não sendo um ano comparável com o atual, uma vez que durante a pandemia o SNS 24 reforçou a sua capacidade tecnológica e de recursos humanos".

Comparável com 2023 foi o ano de 2019, em que numa fase pré-pandemica a linha SNS-24 atendeu 1.485.808 chamadas, número pouco superior ao registado até finais de outubro passado.

Numa fase conturbada de negociações nos últimos 18 meses entre o Governo e os sindicatos representativos dos médicos, com greves e fechos de serviços hospitalares, o Ministério da Saúde aconselha, como "forma de garantir uma boa gestão dos recursos do Serviço Nacional de Saúde (SNS), o utente deve ligar previamente o SNS 24 perante um problema de saúde não emergente".

"Através do Serviço de Triagem, Aconselhamento e Encaminhamento, o cidadão é devidamente avaliado e orientado de acordo com os sintomas apresentados e de acordo com algoritmos clínicos e cuja primeira prioridade é garantir a segurança do utente", explica o MS.

Por responder ficaram as perguntas da Lusa sobre se a linha SNS 24 tem registado mais chamadas desde as negociações entre os sindicatos e o Governo e como tem sido o trabalho nos últimos 18 meses.

Atualmente, mais de 30 hospitais de norte a sul do país estão a enfrentar constrangimentos e encerramentos temporários de serviços devido à dificuldade das administrações completarem as escalas de médicos.

Em causa está a recusa de mais de 2.500 médicos em fazerem mais do que as 150 horas extraordinárias anuais a que estão obrigados.

Esta crise já levou o diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS), Fernando Araújo, a admitir que novembro poderá ser dramático, caso o Governo e os sindicatos médicos não consigam chegar a um entendimento.

As negociações entre sindicatos e Governo vão ser retomadas no próximo sábado.

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