Agreve dos enfermeiros levou esta quinta-feira ao cancelamento de mais de 500 cirurgias programadas em cinco centros hospitalares no Porto, Coimbra, Lisboa e Setúbal, segundo os dados fornecidos ao
CM por Carlos Ramalho, presidente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SINDEPOR).
De acordo com o mesmo responsável, foi no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) que foram canceladas mais cirurgias (170). No Centro Hospitalar e Universitário do Porto foram 116, no Centro Hospitalar São João, no Porto, 120, no Centro Hospitalar de Lisboa Norte, 110, e no Centro Hospitalar de Setúbal, 31. Ao
CM, Carlos Ramalho disse que a adesão à greve foi de 100% e que agora está nas mãos do Governo parar esta greve. A paralisação que se iniciou esta quinta-feira está prevista durar até 31 de dezembro.
A Associação dos Administradores Hospitalares já veio apelar para a necessidade de um acordo entre o Governo e os enfermeiros para interromper a ‘greve cirúrgica’, alertando que a sua continuação terá impactos "bastantes graves" na saúde dos portugueses. No entanto, os enfermeiros garantiram a realização das cirurgias de urgência em todas as unidades.
Os enfermeiros reivindicam uma carreira transversal a todos os tipos de contratos e um salário adequado às suas funções.