Portugal não é um “objetivo” de ataque terrorista, mas sim um local de passagem e recrutamento de terroristas, apesar de a nova configuração de terrorismo internacional, quem o diz é o especialista José Manuel Anes.
“Tem havido notícias (da passagem de pessoas com ligações ao terrorismo), os serviços de informações têm isso referenciado (…). Mas não tem sido Portugal o objetivo, antes um lugar de passagem, de repouso ou de recrutamento e de algum tipo de angariação de fundos”, afirmou à agência Lusa.
O especialista em segurança e terrorismo e ex-presidente do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo diz ainda que, além do depósito de armas da ETA descobertos em 2010 no concelho de Torres Vedras e a detenção de membros do IRA-Verdadeiro em 2011, têm passado por Portugal vários radicais islâmicos.
José Manuel Anes afirma ainda que o facto da comunidade muçulmana estar “bem integrada” e muito “muitíssimo bem dirigida do ponto de vista religioso pelo xeque Munir, que é um líder moderado”, faz com que Portugal esteja fora de grandes ataques terroristas.