Apesar dos valores, potencial de aquecimento ainda está acima dos valores de 2013-2014, os mais baixos desde 2010.
Os principais indicadores ambientais melhoraram em 2018, com a redução do impacto ambiental a acontecer ao mesmo tempo que houve um crescimento económico, confirmam números do Instituto Nacional de Estatística (INE) esta quarta-feira ivulgados.
Nos dados sobre emissões de gases com efeito de estufa hoje disponibilizados o INE indica que o potencial de aquecimento global diminuiu 4,5% em 2018, ao mesmo tempo que houve um crescimento da atividade económica.
As melhorias ambientais aconteceram nos principais indicadores, mostram os dados fornecidos pelo INE. Além da descida, relativamente ao ano anterior, de 4,5% do potencial de aquecimento global, houve também uma descida de 2,4% na acidificação e outra de 1,6% na formação de ozono troposférico. A medida económica Valor Acrescentado Bruto (VAB) cresceu nesse ano em termos reais 2,7%.
O potencial de aquecimento global é calculado combinando os gases que mais contribuem para o aquecimento global [o dióxido de carbono (CO2), o óxido nitroso (N2O), o metano (CH4), os hidrofluorocarbonetos (HFC), os perfluorocarbonetos (PFC), e o hexafluoreto de enxofre (SF6)]. O potencial de acidificação, da mesma forma, é calculado através da combinação dos três compostos que mais contribuem para a acidificação do meio ambiente [óxidos de azoto (NOx), óxidos de enxofre (SOx) e o amoníaco (NH3)], e o potencial de formação de ozono troposférico através da combinação de óxidos de azoto (NOx), os compostos orgânicos voláteis não metanosos (COVNM), o monóxido de carbono (CO) e o metano (CH4).
Segundo os números do INE, o potencial de aquecimento global atingiu 66,9 milhões de toneladas de equivalente de CO2 em 2018. As emissões para a atmosfera de CO2, N2O e Metano (CH4) diminuíram 6,0%, 0,8% e 0,5%, respetivamente, face a 2017. As emissões dos outros gases aumentaram 4,4%.
No entanto o INE nota que, apesar da descida, este potencial de aquecimento ainda está acima dos valores de 2013-2014, os mais baixos desde 2010.
O ramo de atividade económica que mais contribuiu em 2018 para o aquecimento global foi a energia, água e saneamento, com 32,2%, o que acontece desde 1999. Relativamente a 2017 houve uma redução de emissões nestas atividades de 11,4%.
Ainda de acordo com os mesmos números, a intensidade carbónica da economia (emissões de gases necessárias para produzir bens e serviços) diminuiu 7,2% face a 2017. Essa descida de emissões de gases com efeito de estufa deveu-se principalmente ao ramo da energia, água e saneamento.
O INE nota ainda o aumento gradual do peso da produção de energia eólica e solar fotovoltaica desde 2005, mas frisa que a fonte hídrica continua a apresentar um peso significativo na produção de energia elétrica a partir de fontes renováveis. Esta depende, no entanto, a quantidade de chuva.
Entre 2010 e 2018, em Portugal, a emissão de CO2 por unidade de VAB decresceu 8,2%. O INE, no entanto, salienta que essa tendência de descida de emissões foi interrompida em 2015 (com um crescimento de 6,8%) e em 2017 (+4,3%), associado ao facto desses anos terem sido extremamente secos, com a consequente redução na produção de energia com origem hídrica.
No mesmo período a média dos 28 países da União Europeia "apresentou uma tendência decrescente (decréscimo de 21,9% entre 2010 e 2018), registando, desde 2011, valores progressivamente inferiores aos observados para Portugal".
"Em Portugal verificou-se um decréscimo de 8,5% em 2018, voltando a aproximar-se da média europeia, que reduziu 4,2%", refere ainda o INE.
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