Moradores desta freguesia arrancaram parquímetros.
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A vereação do PSD na Câmara de Lisboa condenou hoje o "ato de vandalismo" de retirada de parquímetros de estacionamento durante a noite na freguesia de Carnide, enquanto o eleito do CDS-PP recusou associar-se à ação, mas disse compreendê-la.
"Trata-se de um ato de vandalismo. Observar a posição conivente com um ato deste género por parte do presidente da Junta é muito preocupante", refere o vereador social-democrata António Prôa numa nota enviada à agência Lusa.
Para o eleito do PSD, "num estado de direito e em democracia, há outras formas de manifestar discordância, de contestar e até de impedir ações contrárias ao interesse da população".
"Reconheço que a Câmara Municipal tem levado a cabo, em muitas circunstâncias (demasiadas), políticas contrárias aos interesses e à qualidade de vida dos lisboetas. A atual maioria [socialista] tem sido insensível às preocupações e anseios de quem vive em Lisboa e tem tido até atitudes prepotentes, mas ainda assim existem outras formas de contestar respeitando a lei", insistiu António Prôa, adiantando que, "se o vandalismo compensar, então graves problemas surgirão".
Na noite de quarta-feira, moradores de Carnide retiraram os parquímetros da Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL) que tinham sido ligados na sexta-feira, em protesto pela sua instalação na zona histórica da freguesia.
Os 12 parquímetros, colocados ao longo de quatro ruas e retirados apenas com força de braços, encontravam-se hoje de manhã na sede da Junta de Freguesia, cujo presidente, Fábio Sousa (CDU), sempre contestou a forma como a introdução de lugares tarifados estava a ser feita.
Os parquímetros estavam colocados dentro de uma carrinha daquela autarquia e aparentemente sem sinais de vandalismo, constatou a Lusa no local.
Menos de 12 horas depois de terem sido retirados os equipamentos, a maioria dos buracos já estavam tapados com calçada.
Além dos parquímetros, foram retirados também alguns sinais de trânsito referentes a estacionamento.
Contactado pela Lusa, o vereador do CDS-PP, João Gonçalves Pereira, disse que "o problema passa, acima de tudo, por a Câmara não ouvir ninguém, não prestar a informação que é devida à população e não tentar um consenso".
Para o centrista, "este autêntico 'posso e mando' [do executivo] leva a que possam surgir situações deste tipo".
"Não acompanhamos o ato em si, mas compreendemos a indignação", assinalou.
Já num vídeo colocado na página de 'Facebook' da CDU Lisboa, o vereador comunista João Ferreira defendeu que este é "mais um exemplo da prepotência da atual maioria do PS".
Para o também candidato à presidência da autarquia, a Câmara devia concretizar "as promessas e os compromissos que foram assumidos", que passam pela criação de mais lugares de estacionamento e de um parque com cerca de 200 lugares.
Entretanto, já a EMEL e a Câmara de Lisboa tomaram posições sobre o assunto.
Enquanto a empresa municipal garantiu que a população e a Junta de Freguesia de Carnide estavam informadas da colocação dos parquímetros, o município de maioria socialista salientou que vai ser iniciado "o processo de reinstalação imediata" dos equipamentos retirados durante a noite, o que considerou como "um ato grave", de "deliberada danificação do património".
Hoje, pelas 18h00, o presidente da Junta de Carnide, Fábio Sousa, e alguns moradores vão entregar os equipamentos retirados aos Paços do Concelho.
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