Segundo o líder do executivo, os testes realizados na Área Metropolitana de Lisboa permitiram concluir que nesta zona não há um "crescimento generalizado da pandemia".
Dos 18 municípios que a integram, disse, apenas cinco, entre os mais populosos, concentram focos de infeção.
"Os focos estão muito bem delimitados, [referindo-se a] pessoas que trabalham sobretudo para empresas de trabalho temporário ou no setor da construção civil", afirmou.
Costa considera que medidas de emergência "mitigaram" efeitos de uma crise profundaAntónio Costa defendeu esta posição em conferência de imprensa, no final do Conselho de Ministros que aprovou o Programa de Estabilização Económico de Social e que vai vigorar até ao final do ano.
Para sustentar a sua tese, o primeiro-ministro começou por referir que, nos últimos três meses, "aumentaram em 100 mil o número de portugueses desempregados", e neste período cerca de 800 mil postos de trabalho entraram em situação de 'lay-off'.
"Os últimos indicadores que temos indicam, em primeiro lugar, que 92% das empresas portuguesas já retomaram a sua atividade, embora a níveis claramente inferiores aos de fevereiro. O número de desempregados, que aumentou 90 mil em março e abril, em maio registou já um crescimento de 16 mil", alegou.
De acordo com este conjunto de dados avançados pelo primeiro-ministro, o número de empresas que tinha obtido 'lay-off' "num primeiro momento era 110 mil, mas agora só 75 mil requereram a sua programação".
Costa pede que "ninguém relaxe a achar que o pior já passou"António Costa foi questionado sobre se já haveria uma data previsível para a abertura de discotecas, respondendo que ainda não uma vez que é impossível reabrir atividades em que o afastamento físico não possível.
"Este processo de recuperação da nossa liberdade é essencial prosseguir sem incidentes e para isso acontecer é fundamental que todos cumpram as regras e que ninguém relaxe a achar que o pior já passou", advertiu.
Governo reforça apoio a realojamento de sem-abrigo no OE2020Referiu ainda que "esta crise [pandemia de covid-19] tornou bem evidente ser essencial dispor de uma bolsa para eventualidades diversas que possam atingir a nossa comunidade".
O programa Housing First, criado pela associação CRESCER, funciona na cidade de Lisboa, com o apoio da autarquia, pretende retirar das ruas pessoas em situação de sem-abrigo, colocando-os numa casa e garantindo-lhes acompanhamento por técnicos especializados no sentido de apoiar a sua reintegração social.
Governo relança programa Adaptar com alterações
O Governo aprovou hoje o relançamento do programa Adaptar, mas direcionado a estabelecimentos comerciais e consultoria a microempresas, para adaptação ao contexto da pandemia de covid-19.
Em Conselho de Ministros, no âmbito do Programa de Estabilização Económica e Social (PEES), o executivo anunciou o 'Adaptar 2.0', para "adaptação e modernização de estabelecimentos comerciais, financiando investimentos na adaptação ao contexto covid-19, em frentes de loja, áreas de acesso ao público", entre outras, segundo informação hoje divulgada.
Além disso, será lançado o 'Adaptar+', de "consultoria para adaptação ao contexto covid (e pós-covid), com vista a auxiliar e estimular microempresas a atualizar e remodelar os seus estabelecimentos e unidades de produção", de acordo com o PEES.
Não foram divulgados valores para estas iniciativas.
Governo cria 3.000 empregos no apoio a idosos e anuncia construção de creches
Os programas sociais de apoio a idosos vão criar três mil postos de trabalho, adiantou hoje o primeiro-ministro, António Costa, anunciando ainda o lançamento do programa PARES 3.0 para construção de "várias creches" que respondam a "necessidades prementes".
António Costa referiu que, no âmbito dos programas de apoio ao emprego, há programas específicos de "parceria com as instituições particulares de solidariedade social (IPSS) que visam reforçar o apoio personalizado que é necessário reforçar em equipamentos como creches, lares ou no apoio domiciliário".
"Só para os programas com as IPSS, Misericórdias e Mutualidades, no âmbito do reforço ao apoio a idosos temos um programa que prevê a contratação de três mil postos de trabalho só nestas áreas", disse António Costa.
Costa anuncia complemento até 350 euros em julho para quem perdeu salário
O primeiro-ministro anunciou hoje que em julho será pago um complemento de estabilização, entre 100 e 350 euros, para compensar quem teve perda salarial relativamente a um mês de "lay-off" e tenha vencimento até 1.270 euros.
Além da prorrogação automática do subsídio social de desemprego até ao final do ano, o líder do executivo referiu que em junho será pago um complemento de estabilização".